A pesca e comercialização de caranguejo foi proibida em Moçambique por um período de três meses, anunciou hoje fonte do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas.
A interdição começou na quarta-feira e só vai ser levantada no dia 01 de abril, disse o diretor nacional de Operações no Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, Leonilde Chimarizene.
A medida, que será aplicada em todo o país, visa permitir uma reprodução do marisco, através de "uma pesca responsável".
"É uma questão de gestão das próprias pescarias, os recursos pesqueiros são renováveis e há um período de reprodução e não podemos fazer a captura nesta fase", disse o dirigente.
A interdição de pescaria teve iniciou em 2018, nas províncias de Zambézia, Nampula e Sofala.
Maputo proibiu igualmente a 01 de dezembro a pescaria de camarão de superfície ao longo da baía, para dar tempo ao processo de reprodução e crescimento da espécie.
A interrupção da atividade de captura de camarão de superfície, isto é, de profundidade até 15 metros, acontece no âmbito da adoção de medidas de conservação e preservação dos recursos pesqueiros e deverá durar até 31 de março.
Dados estatísticos indicam que Moçambique movimenta anualmente entre 70 e 100 milhões de euros anuais no setor da pesca.
Grande parte do pescado moçambicano tem como destino os mercados da União Europeia, especialmente Portugal e Espanha. (Lusa)