Foram detidos semana finda, em Maputo, oito quadros do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), acusados de desvio de cerca de 17 milhões de Mts. Parte dos detidos estavam afectos ao Departamento de Administração e Finanças, a nível central e da Cidade de Maputo. Entre os detidos contam-se o actual Chefe da Administração e Finanças da Direcção-geral da instituição, Dário Maculuve, o ex-director do SENAMI a nível da cidade de Maputo, Filipe Cumbi, e Zura Filipe, uma funcionária afecta ao sector financeiro da instituição, para além de outros cinco funcionários subalternos.
Conforme apurámos de fontes próximas do processo, Dário Maculuve foi solto na última segunda-feira, 23, mediante o pagamento de uma caução estimada em 400 mil Mts. Consta que Filipe Cumbi também foi libertado sob termo de identidade e residência. “Carta” apurou que, há cerca de um mês, a Inspecção-geral das Finanças levou a cabo uma auditoria na instituição e detectou, ao nível da sua Direcção-geral, um rombo de 9 milhões de Mts, dinheiro que foi parar em contas de pessoas particulares.
Uma fonte indicou que na “casa dos passaportes”, regra geral, concursos de milhões de Mts são adjudicados por ajuste directo, como aconteceu há três meses quando foram adquiridas 45 viaturas, de marca Mahindra, a uma empresa recentemente estabelecida em Maputo. Outro caso tem a ver com uma factura paga para a compra de cinco viaturas para a Direcção-geral, mas apenas 3 foram recebidas. (O.O.)