O Ministério Público alega que todas as vezes que o jornalista se deslocava para diferentes distritos na cobertura de eventos ou seminários de capacitação, supostamente sem o consentimento do ICS, ele promovia encontros com os “insurgentes” e partilhava informações.
Na acusação, na posse da "Carta", a procuradoria de Cabo Delgado suporta-se basicamente de declarações de colegas de Amade, nomeadamente: o seu delegado provincial, Paulo Daniel Kazimoto, Sadique Abudo (assessor do delegado) e de colegas jornalistas da rádio, nomeadamente Sorte Emílio Artur (actual coordenador, cargo anteriormente ocupado por Amade), Arlindo Victorino e Matilde Tadeu.
Assinada pelo procurador Rodrigo Mungwambe, de Pemba a acusação também suporta-se de declarações de figuras políticas do Partido Frelimo e do Estado, em Macomia, designadamente Joaquina Nordine (então administradora do Distrito) e Félix Adelino (antigo Secretário Permanente Distrital). Também são testemunhas da acusação, Ramos Amade, secretário da Frelimo do Bairro Nanga B, e Magido Abdala, professor em Nangade. A defesa tem cinco dias para dizer se pronunciar em torno desta acusação. (Carta)