“Eu penso que os Tribunais são os melhores locais para haver pronunciamento sobre isso (dívidas ocultas). Há muito boato, muita poeira nisto tudo. Muita poeira. Alguma poeira surge espontaneamente e outra é provocada com objectivos escusos. Mas, acredito que a justiça deve ser feita e vamos deixar a justiça ser feita sem interferência de nós que temos consciência da importância de uma solução correcta deste assunto”, disse Guebuza, numa curta entrevista concedida aos jornalistas presentes.
O posicionamento de Armando Guebuza surge dias depois de o ex-banqueiro do Credit Suisse, Andrew Pearse, ter admitido, junto de um Tribunal de Nova Iorque, que recebeu subornos da Privinvest para garantir os empréstimos das empresas moçambicanas envolvidas no calote que levou o país à falência.
Na sua delação premiada, nos Estados Unidos da América, Pearse esclareceu ainda que o primogénito de Armando Guebuza, Ndambi Guebuza, actualmente detido nas celas do SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal), no Língamo (Cidade de Matola), recebeu 50 milhões de USD provenientes da Privinvest, tal como documenta a acusação do Ministério Público. (Omardine Omar)