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quarta-feira, 10 julho 2019 03:24

Desconhecidos ameaçam Manuel de Araújo por ser Cabeça-de-lista da Renamo na Zambézia

O cabeça-de-lista da Renamo para as eleições das Assembleias Provinciais, a nível da província da Zambézia, Manuel de Araújo, está alegadamente a ser forçado a abandonar a sua pretensão de concorrer ao cargo de governador daquela província por indivíduos, até aqui, desconhecidos.

 

As ameaças contra Araújo, segundo apurou “Carta”, já vêm acontecendo, desde Maio do ano passado, muito antes das Eleições Autárquicas, nas quais foi vencedor, no Município de Quelimane.

 

 

Aliás, segundo contam, o Edil de Quelimane começou a "perder paz", logo depois de ter assumido o seu divórcio com o seu anterior partido, neste caso o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

 

Mas, nos últimos dias, as ameaças recrudesceram. Na passada quarta-feira, Manuel de Araújo foi mais uma vez alvo de intimidação contra a sua integridade física. As ameaças àquele académico, emprestado à política, têm sido, na sua maioria, por cartas anónimas, que são partilhadas nas redes sociais, em particular o Facebook e o WhatsApp.

 

No início, os "intimidadores" pediam que De Araújo não avançasse com a intenção de se candidatar a Cabeça-de-lista do seu partido, Renamo, pois, caso o fizesse, o matariam. Debalde! Dias depois da sua eleição, dizem as fontes, as ameaças voltaram ao encontro daquele político.

 

Entretanto, em declarações à imprensa, na última segunda-feira, na cidade de Nampula, capital da província com mesmo nome, Manuel de Araújo disse desconhecer a origem das referidas ameaças e, muito menos, as suas motivações, pelo que ia deixar o esclarecimento do caso a cargo do gabinete jurídico.

 

Aliás, o candidato a Governador da Zambézia fez questão de garantir que não vai desistir de concorrer àquele cargo que, pela primeira vez, será por eleição. "Queremos tirar a Zambézia do buraco que a Frelimo colocou, há mais de 44 anos. A Zambézia era uma das províncias que, em tempos, contribuía com mais de 40 por cento na economia do país, mas agora não é possível", sublinhou a fonte. (Carta)

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