Contrariando os candidatos da Frelimo e Movimento Democrático de Moçambique, Filipe Nyusi e Daviz Simango, respectivamente, que acompanharam os mandatários das formações políticas, de que fazem parte, na entrega das suas candidaturas, ao que tudo indica, Ossufo Momade poderá não fazê-lo.
É que a Renamo, através do seu mandatário nacional, Venâncio Mondlane, apresenta hoje (quarta-feira) ao Conselho Constitucional (CC) o seu candidato às presidenciais de Outubro que se avizinha. A Renamo, sabe-se, confirmou o actual presidente do partido como candidato para a corrida à ocupação do palácio da Ponta Vermelha.
Entretanto, até ao fecho da edição, no princípio da noite de ontem, não havia ainda qualquer garantia líquida de que Ossufo Momade viria a Maputo testemunhar a entrega da sua candidatura, tal como fizeram os outros dois candidatos.
“Carta” soube de fontes bem posicionadas que os últimos acontecimentos, que tiveram à cabeça o Major General Mariano Nyongo, aliados a “questões de segurança”, poderão estar na origem da quase certa não vinda à capital do país para acompanhar o processo de entrega da candidatura.
Aliás, o nosso jornal soube que a saída de Momade da Serra da Gorongosa, onde fixou residência após a morte de Afonso Dhlakama, foi debatida, horas a fio, pelos membros da Comissão Política, num encontro havido ontem, terça-feira.
Importa salientar que, na semana passada, Mariano Nyongo, que se apresentou porta-voz de um grupo de guerrilheiros desavindos com a “gestão” de Ossufo Momade, vincou que afastariam o actual presidente do partido, no próximo mês de Julho.
Recorde-se, Mariano Nyongo disse que, caso Momade não acatasse a ordem de abandonar a presidência do partido de forma pacífica, recorreriam à força das armas para afastá-lo e, caso resistisse, colocariam termo à sua vida.(Carta)