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sexta-feira, 17 maio 2019 06:07

Deputados da Frelimo responsabilizam Paulo Vahanle pela saída de Victor Borges da residência oficial

Naquela que pode ser interpretada como sendo a primeira reacção pública da Frelimo à polémica gerada em torno da saída de Victor Boges, Governador da província de Nampula, da sua residência oficial, os deputados desta formação política acusaram, esta quinta-feira, o actual Edil da Cidade de Nampula, Paulo Vahanle, de ser o “promotor” de todos os males.

 

 

A razão, fundamentaram Damião José e Edmundo Galiza Matos Jr., está intimidante ligada ao facto de Paulo Vahanle não estar a conseguir fazer uma gestão eficiente dos resíduos sólidos (lixo) na urbe, o que, na óptica destes, está por detrás da proliferação de ratos pela cidade.

 

E como consequência directa da má gestão dos resíduos sólidos na cidade, na lógica destes dois deputados, Victor Borges, cônjuge e filhos viram-se obrigados a abandonar a residência oficial, alegadamente, porque a mesma estava infestada de ratos e cobras.

 

“O Governador teve de abandonar a residência oficial fugindo dos ratos que se espalharam pela cidade de Nampula por causa do lixo. O lixo que tomou conta da cidade de Nampula é que está a criar todos aqueles ratos. É consequência da má governação da Renamo”, acusou, por exemplo, Damião José.

 

A saída do Governador de Nampula da residência oficial foi, de resto, o tema que dominou o período de insistência da Sessão de Perguntas ao Governo, que ontem terminou, motivando uma troca de mimos entres as bancadas da Frelimo e Renamo.

 

A Renamo, na pessoa dos deputados António Muchanga e Ivan Mazanga, saiu, como era de esperar, em defesa de Paulo Vahanle, afirmando que a atitude de Borges não espelha outra coisa senão o patamar mais alto do saque do erário público, que vem sendo promovido pelos dirigentes ligados ao partido no poder.

 

Entretanto, na passada segunda-feira, em conversa com a “Carta”, Victor Borges disse que iria arcar com as despesas da sua estadia e da sua família, no Hotel Grand Plaza, onde permanecera por 33 dias. As despesas, disse Borges à “Carta”, estão avaliadas em 1.2 milhão de meticais. (Ilódio Bata)

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