O Consórcio Eleitoral Mais Integridade, uma das principais plataformas moçambicanas de observação eleitoral, condenou, esta manhã, o assassinato do advogado Elvino Dias, crivado de balas na madrugada deste sábado, na cidade de Maputo, na companhia do mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe.
Em comunicado de imprensa emitido na manhã deste sábado, a plataforma defende que o assassinato bárbaro do mandatário e assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, representa um acto de “intimidação de todos os que reivindicam a transparência e a verdade nas eleições de 2024”, incluindo os observadores daquele consórcio eleitoral que “têm vindo a denunciar a fraude eleitoral em Moçambique, através do seu trabalho de observação e denúncia das manobras de manipulações de editais com vista a favorecer ao Partido Frelimo e ao seu candidato presidencial”.
Segundo o “Mais Integridade”, baseando-se em depoimentos de testemunhas oculares, os finados foram interpelados por duas viaturas da marca Mazda BT-50, de onde terão saído dois indivíduos desconhecidos, munidos de armas de fogo e que de imediato crivaram-nos de balas, tendo o Elvino Dias perecido no mesmo instante e Paulo Guambe, horas depois, “uma vez a Polícia da República de Moçambique ter impedido a sua evacuação através de uma ambulância que esteve no local para os socorrer”.
“As testemunhas frisaram que a Polícia fez um forte exercício de censura e intimidações às testemunhas para que não registrassem a cena de violência, tendo recolhido e danificado diversos telemóveis”, sublinha a fonte, realçando que Elvino Dias já vinha denunciando, através da sua página do Facebook, um plano de o assassinar, juntamente com o candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Na nota enviada à “Carta”, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade insta as autoridades para que o crime seja urgentemente esclarecido e que os seus autores materiais e morais sejam responsabilizados. (Carta)