O governo do distrito de Macomia, em Cabo Delgado, lançou um apelo vigoroso para o regresso incondicional dos funcionários e agentes do Estado que se tinham retirado devido à crescente onda de insegurança na região. Um ataque terrorista a 10 de Maio passado levou os funcionários e agentes do Estado a retirar-se de Macomia.
Através de um comunicado, o executivo distrital liderado pelo administrador Tomás Badae exorta os funcionários e agentes do Estado a retornar aos seus locais de trabalho até ao dia 30 de Setembro de 2024.
"O Governo do distrito de Macomia, reunido na sua VII sessão ordinária, analisou a situação actual de segurança, o nível de presença da população e a necessidade de provisão de serviços básicos às comunidades, que estão presentes no distrito. Assim sendo, para garantir a prestação dos serviços públicos à população, são solicitados todos os funcionários e agentes do estado para se apresentarem nos seus locais de trabalho até dia 30 de Setembro de 2024", lê-se no comunicado.
O executivo distrital reafirma o seu compromisso com a melhoria das condições de vida dos cidadãos e a implementação de serviços essenciais em Macomia, numa altura em que falta quase tudo, desde os serviços básicos de saúde, educação e assistência alimentar.
"Carta" apurou que as organizações não-governamentais de apoio humanitário ainda não regressaram à vila de Macomia, privando assim centenas de deslocados de apoio alimentar e de outro tipo de assistência.
O apelo do governo de Macomia acontece numa altura em que no litoral daquela região decorrem há sensivelmente dois meses operações militares levadas a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança e seus aliados do Ruanda.
Aliás, esta quarta-feira, o chefe de Estado Filipe Nyusi revelou que estava em curso uma ofensiva para desalojar os terroristas e recuperar totalmente o posto administrativo de Mucojo. Nyusi falava por ocasião do 25 de Setembro, Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. (Carta)