Em conferência de imprensa ontem, a porta-voz da Polícia, na província de Inhambane, considerou falsas as acusações de Venâncio Mondlane de tentativa de assassinato, referindo que o agente da polícia estava escalado para garantir a segurança da pré-campanha da CAD.
“No dia 09, por razões inconfessáveis, a CAD esbulhou [arrancou] a sua arma [do polícia], com alegações de atentado, o que não constitui verdade”, disse Nércia Bata. O polícia “encontrava-se no meio de uma multidão em missão de segurança e proteção da passeata” de pré-campanha eleitoral, avançou.
“O colega estava devidamente escalado, a segurança foi garantida e o candidato, neste momento, encontra-se na província de Gaza e a arma agora está no comando”, enfatizou a porta-voz da polícia em Inhambane.
Nércia Bata declarou ainda que o destacamento do Polícia resultou de um pedido da CAD para a proteção da pré-campanha de Venâncio Mondlane. A polícia fez-se presente, através de patrulhas motorizadas, a pé e à paisana, acrescentou.
Venâncio Mondlane concorre à Presidência de Moçambique como independente, após o Conselho Constitucional (CC) excluir, em princípios de agosto, em definitivo, a coligação CAD, que o tentava apoiar.
Mondlane foi candidato pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) nas eleições municipais de 2023 à autarquia de Maputo, abandonou o partido em que militava desde 2018 - e o cargo de deputado para o qual tinha sido eleito -, depois de não ter conseguido concorrer à liderança do maior partido da oposição no congresso realizado em maio.
Além de Mondlane, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.
Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, incluindo presidenciais, legislativas e provinciais. O atual Presidente, Filipe Nyusi, não vai concorrer no escrutínio, por já ter atingido o limite constitucional de dois mandatos. (Lusa)