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quarta-feira, 17 abril 2024 02:22

Eleições 2024: CNE satisfeita com o recenseamento eleitoral

Ignorando os relatos de falta de combustível para a fiscalização do recenseamento eleitoral e a falta de subsídios para os brigadistas, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Dom Carlos Matsinhe, defende que o registo de eleitores, que decorre no país desde o dia 15 de Março, ocorre “de uma forma tranquila e com abrangência satisfatória”.

 

A ideia foi defendida ontem, em Maputo, durante a apresentação, aos partidos políticos, das etapas subsequentes do Calendário Eleitoral, nomeadamente a inscrição dos proponentes e apresentação de candidaturas, bem como a distribuição de mandatos provisórios.

 

Segundo Matsinhe, o número de eleitores registados alcançado, até ao momento, satisfaz os órgãos eleitorais, “embora tenhamos as dificuldades impostas pela situação de insegurança na província de Cabo Delgado”.

 

De acordo com os dados do contestado Presidente da CNE, até ao último sábado (13 de Abril), os órgãos eleitorais haviam inscrito um total de 5.304.110 eleitores, no território nacional, tal como no estrangeiro, equivalendo a 70.78% do universo projectado: 7.494.011 eleitores.

 

Adicionando os dados do presente recenseamento aos do recenseamento de 2023, a CNE diz já ter recenseado 14.027.915 eleitores, o que corresponde a 86.50%. Em 2023, lembre-se, os órgãos eleitorais dizem ter recenseado 8.723.805 eleitores, sendo que, até ao dia 28 de Abril, esperam recensear um total de 16.217.816 eleitores.

 

Nos seus dados, o Bispo da Igreja Anglicana não revelou quantos eleitores foram recenseados por cada província e muito menos abordou os problemas levantados pelos partidos políticos da oposição à volta do processo e que já foram confirmados pelo porta-voz do órgão.

 

Lembre-se que, há dias, em conferência de imprensa concedida aos jornalistas, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, confirmou que o órgão enfrentava dificuldades para ter combustível para abastecer viaturas, de modo a prestar assistência técnica às brigadas de recenseamento eleitoral. Revelou que tal facto se devia à falta de dinheiro e às dívidas contraídas pelos órgãos eleitorais durante as eleições autárquicas de 2023. (Carta)

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