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quinta-feira, 28 setembro 2023 02:37

MDM denuncia detenção ilegal de sete membros em Sofala e Cabo Delgado

Passaram apenas 48 horas após o arranque, nos 65 municípios do país, da campanha eleitoral rumo às VI Eleições Autárquicas e a Polícia da República de Moçambique (PRM) já é acusada de supostamente ter protagonizado uma das suas maiores especialidades: detenção ilegal de membros dos partidos políticos da oposição.

 

A primeira acusação vem da cidade da Beira, capital provincial de Sofala, onde o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na voz do seu Presidente, Lutero Simango, acusa a PRM de ter detido, ilegalmente, sete membros daquela formação política nas províncias de Sofala e Cabo Delgado.

 

Segundo Lutero Simango, que falava em conferência de imprensa no fim da tarde de ontem, na província de Sofala, a Polícia deteve Marcelino Manhaze, Delegado Provincial do partido, e Ricardo Sola, Delegado Político do MDM, na cidade da Beira. Os restantes membros do MDM foram detidos no Município de Chiúre, província de Cabo Delgado. São eles: Feliciano Vasco, Inácio Almeida, Filomena Ussene, Adriando António e Alberto Raul.

 

Na sua denúncia, o Presidente do MDM não avançou as alegações apresentadas pela Polícia para deter os seus membros da província de Sofala, porém, avança que os de Chiúre foram detidos por alegadamente terem colado o material de propaganda horas antes do início da campanha eleitoral.

 

“Condenamos o jeito como a Polícia está a agir. Estamos perante uma polícia não republicana, mas sim partidária, que age sob comando do partido no poder, a Frelimo. Lamentamos, mas não vamos recuar, não nos vão parar”, defendeu Simango.

 

Refira-se que, no caso do Delegado Político do MDM, na Beira, esta é a segunda vez a ser detido em menos um mês. A primeira detenção teve lugar no passado dia 31 de Agosto, depois de este ter denunciado a recolha de cartões de eleitor por parte de membros do partido Frelimo.

 

Sublinhe-se que esta não é a primeira vez em que a PRM é acusada de deter, ilegalmente, membros dos partidos políticos da oposição, uma situação que se agrava a cada ciclo eleitoral, sobretudo nas províncias dominadas pela Renamo e MDM.

 

Lembre-se que a cidade da Beira continua a ser o principal centro das atenções do processo eleitoral que decorre no próximo dia 11 de Outubro, com os três principais partidos políticos a apostarem todas as suas fichas para a conquista da autarquia, que há 20 anos é governada pela oposição. (Carta)

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