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terça-feira, 20 junho 2023 06:10

MDM manifesta insatisfação com recenseamento eleitoral ao Presidente da República

O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, manifestou ontem a sua insatisfação com as anomalias registadas no recenseamento eleitoral num encontro com o chefe de Estado moçambicano.

 

“Aproveitámos a oportunidade [o encontro com o chefe de Estado] para manifestar a nossa preocupação com a forma como o recenseamento eleitoral foi conduzido”, declarou Lutero Simango, momentos após ser recebido pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

 

Em causa estão as queixas dos partidos políticos de oposição sobre alegadas anomalias no recenseamento eleitoral, realizado entre 20 de abril e 03 de junho, acusando a Frelimo, partido no poder, de ter manipulado a operação.

 

“Nós apresentamos dois exemplos concretos: o exemplo do diretor do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral na Beira [suspenso após denúncias de ilícitos eleitorais que prejudicavam a oposição] e também a distribuição desproporcional dos postos de recenseamento eleitoral”, observou Lutero Simango.

 

Moçambique registou mais de oito milhões de eleitores para as eleições autárquicas de 11 de outubro, anunciou o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) após conclusão do processo, fortemente criticado pela oposição e organizações da sociedade civil que acompanham eleições em Moçambique.

 

Além do recenseamento eleitoral, Lutero Simango e Filipe Nyusi abordaram outros assuntos de interesse social, com destaque para o terrorismo em Cabo Delgado e o encerramento, na semana passada, da última base do braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, na Gorongosa, na província central de Sofala, no âmbito dos acordos de paz.

 

“Nós tomámos notas sobre as sugestões dele [Lutero Simango] e também foi uma oportunidade para explicarmos algumas coisas sobre estes processos […] As boas ideias não têm cores políticas, eu disse isso em 2015 e estas ideias surgiram aqui”, concluiu o chefe de Estado moçambicano, nas breves declarações prestadas à imprensa após o encontro com o líder do MDM. (Lusa)

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