O Governo de Moçambique aderiu hoje à Organização Internacional do Café (OIC) pela primeira vez na sua história, numa cerimónia realizada no centro de Londres. O Governo diz que está empenhado em oferecer aos amantes do café em todo o mundo um café ecológico e socialmente sustentável.
A cerimónia contou com a presença do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, além de representantes do sector cafeeiro do país, supervisionado pela Amocafé, e foi também presenciada pela Diretora Executiva da OIC, Vanúsia Nogueira.
“O café moçambicano é celebrado pelo seu compromisso com a restauração do habitat e preservação da biodiversidade. Também conta com parcerias com comunidades rurais, permitindo que os agricultores locais se beneficiem de treinamento e acesso a recursos e mercados. A indústria cafeeira do país se dedica à sustentabilidade de longo prazo por meio de iniciativas como agricultura orgânica, agrossilvicultura e diversificação de recursos em Áreas Protegidas”, refere uma Nota de Imprensa recebida na “Carta”
O café mais antigo do país é o Café de Ibo, cultivado nas ilhas do Ibo e Quirimba desde que foi introduzido pela primeira vez por comerciantes árabes no século 11 e até hoje é amplamente cultivado de maneira tradicional.
O café Ibo é um café raro e tem um baixo teor de cafeína e há muito é o favorito daqueles que o conheciam, incluindo os juízes do Premio Medalha de Ouro ganho em Lisboa em 1906.
As seis marcas de café de Moçambique que agora serão exportadas são:
- Nossa Gorongosa, cultivada no Parque Nacional da Serra da Gorongosa;
- Café Chimanimani, que é um café com experiência encorpada e textura aveludada;
- Café Niassa, que prioriza as práticas orgânicas e trabalha em estreita colaboração com os agricultores locais;
- Café Vumba, que adotou práticas de agricultura orgânica voltadas para mulheres;
- Café de Manica, que é cultivado na pitoresca serra de Mussapa;
- Café de Ibo, que é o café mais antigo do país cultivado nas praias arenosas do Oceano Índico.
O Ministro Celso Correia disse hoje em Londres sobre o assunto o seguinte:
“Este é um dia histórico para Moçambique ao nos juntarmos à Organização Internacional do Café. Nosso sector cafeeiro está crescendo rapidamente e é uma parte importante de nossos planos para o futuro e a mudança que queremos trazer para o nosso país. É também um dos pilares de nossos planos de sustentabilidade.(Carta)