Os donativos internacionais para ajuda humanitária de emergência atribuídos desde segunda-feira a Moçambique, Maláui e ao Zimbabué, países afetados pelo ciclone Idai, ascendem já a pelo menos 52,5 milhões de euros.
De acordo com dados compilados hoje pela agência Lusa, com base nos anúncios oficiais de donativos, esta lista conta com mais de uma dezena de contribuições de governos, locais e nacionais, autarquias e organizações internacionais, destacando-se o contributo do Reino Unido, que disponibilizou mais de 18 milhões de libras (21 milhões de euros) para os três países afetados, que contabilizam já mais de 300 mortos, em consequência da passagem do ciclone.
Durante o dia de ontem, o Governo britânico anunciou uma doação de 12 milhões de libras (14 milhões de euros), que se juntou à de seis milhões de libras (sete milhões de euros), tornada pública na segunda-feira. Seguem-se as Nações Unidas, que hoje aprovaram a disponibilização de 20 milhões de dólares (17,5 milhões de euros), também para os três países.
Segundo a organização chefiada pelo português António Guterres, a verba, proveniente do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF), servirá para "impulsionar a resposta imediata às populações em Moçambique, o país mais atingido".
Também o Banco Mundial anunciou que nove milhões de euros, dos 90 milhões de euros do novo programa de gestão de acidentes e riscos (DRM) de Moçambique poderão ser destinados à situação de emergência no país, "desde que o projeto continue efetivo".
Para apoiar a resposta de emergência no terreno, a União Africana (UA) mobilizou 350.000 dólares (310.000 euros) para os três países, devendo Moçambique - o mais afetado pelo ciclone Idai - receber 150.000 dólares (110.000 euros).
A União Europeia (UE) anunciou a atribuição de um apoio de emergência avaliado em 3,5 milhões de euros para os três países mais afetados pelo Idai. Ao "pacote inicial de ajuda de emergência de 3,5 milhões de euros" anunciado na terça-feira pela Comissão Europeia junta-se uma verba de 150.000 euros anunciada anteriormente e que será utilizada para "fornecer apoio logístico" para os afetados, através de abrigos de emergência, higiene, saneamento e cuidados de saúde. A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.
Durante o dia de hoje, a Noruega anunciou um apoio de 620.000 euros para os três países, sendo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país não exclui um reforço desta verba. Na segunda-feira, o Governo Espanhol expressou o seu "profundo pesar" e alocou uma verba de 50.000 euros para apoio humanitário. A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando que se trata da “pior crise humanitária no país". (Lusa)