A medida foi tomada depois de o Director distrital ter sido flagrado às 21:00 horas do último sábado (06), com dois computadores (mobiles), a realizar recenseamento clandestino no posto administrativo de Iapala, que dista a 40 quilómetros do município. Para além desta medida administrativa, também foi aberto um processo crime. De acordo com a lei, o recenseamento eleitoral decorre das 8:00 às 16:00 horas em todos os postos aprovados pela Comissão Nacional de Eleições.
Em conexão com o caso, também foram rescindidos os contratos com o supervisor e com o digitador, flagrados na companhia do Director distrital. O Director provincial do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral em Nampula, Luís Cavalo, confirmou este domingo (07) a rescisão do contrato com o Director distrital.
"Do trabalho realizado, constatou-se existirem evidências que indiciam ilícito eleitoral. Como medida imediata foram rescindidos os contratos com os três envolvidos e aberto um processo-crime e, neste âmbito, o Ministério Público vai fazer o seu trabalho", disse Luís Cavalo.
O recenseamento clandestino estava a decorrer no posto administrativo de Iapala, fora do território autárquico, e as pessoas recenseadas podiam votar ilegalmente nas eleições autárquicas de Outubro. Há relatos segundo os quais o censo estava a decorrer em casa do primeiro Secretário do Partido FRELIMO em Iapala.
No fim-de-semana, “viralizou” nas redes sociais um vídeo retratando o recenseamento ilegal e a tentativa de fuga dos brigadistas e de algumas pessoas que estavam a ser recenseadas. (Carta)