O governo moçambicano comprometeu-se a trabalhar em estreita colaboração com a polícia sul-africana para travar a criminalidade fronteiriça, particularmente de veículos roubados no norte de KwaZulu-Natal. Esta foi a mensagem que o comissário nacional da polícia General Fannie Masemola transmitiu esta terça-feira às partes interessadas durante uma sessão de engajamento no salão comunitário de Kwamduku em Hluhluwe.
Masemola liderava uma delegação de oficiais superiores acompanhados pelo comissário provincial tenente-general Nhlanhla Mkhwanazi para avaliar a resposta da polícia aos crimes transfronteiriços.
A visita segue-se ao recente incêndio de pelo menos seis veículos, incluindo um autocarro turístico e um camião, no troço entre Hluhluwe e Mbazwana. Alega-se que as comunidades que vivem perto da fronteira com Moçambique estão fartas de pouca ou nenhuma acção das autoridades para estancar o roubo de veículos motorizados que são transportados para Moçambique.
Masemola disse que os moradores ficaram revoltados com os crimes, principalmente porque, depois que seus veículos são roubados e cruzarem a fronteira, nunca são recuperados. Disse que convidou uma delegação de Moçambique para vir discutir as frustrações com a comunidade.
“Eles comprometeram-se a trabalhar connosco. Teremos mais encontros a partir de hoje e voltaremos para dar uma resposta à comunidade dentro de uma semana ou duas”, disse o chefe máximo da polícia.
Masemola afirmou que mais de 100 agentes da Polícia foram destacados para a área desde domingo, incluindo unidades especiais de combate ao crime.
“A longo prazo vamos criar uma unidade, que foi aprovada a nível distrital, mas ainda não foi aprovada a nível nacional, que vai tratar destes crimes. Também vamos preencher o cargo vago na unidade do crime organizado e aproximá-los da área para que possam lidar com o crime.” (Carta)