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A cúpula da COP27 concordou com um fundo histórico de 'perdas e danos' climáticos, mas fez pouco para encorajar cortes rápidos no uso de combustíveis fósseis. O fundo de "perdas e danos" é destinado a ajudar países vulneráveis a lidar com desastres climáticos.
Moçambique é um grande elegível a beneficiar desses fundos visto que os ciclones que nos afectsm (e as secas) tèm sido mais severos.
Mas embora o acordo represente um avanço no que tem sido um processo de negociação contencioso, ele não fortaleceu a linguagem sobre o corte das emissões de gases de efeito estufa que aquecem o planeta.
O texto final também não mencionou a eliminação gradual de combustíveis fósseis, incluindo petróleo e gás.
O acordo final marca a primeira vez que países e grupos, incluindo redutos de longa data como os Estados Unidos e a União Europeia, concordaram em estabelecer um fundo para nações vulneráveis a desastres climáticos agravados pela poluição desproporcionalmente produzida por nações ricas e industrializadas.
Negociadores e organizações não-governamentais que observavam as negociações elogiaram o estabelecimento do fundo como uma conquista significativa, depois que nações em desenvolvimento e pequenos países insulares se uniram para aumentar a pressão.
"Os acordos feitos na COP27 são uma vitória para o mundo inteiro", disse Molwyn Joseph, presidente da Aliança dos Pequenos Estados Insulares, em comunicado. "Mostramos àqueles que se sentiram negligenciados que ouvimos vocês, vemos vocês e estamos dando a vocês o respeito e o cuidado que vocês merecem."
Os detalhes sobre como o fundo operaria permanecem obscuros. O texto deixa muitas dúvidas sobre quando será finalizado e operacional, e como exatamente será financiado. O texto também menciona um comitê de transição que ajudará a definir esses detalhes, mas não estabelece prazos futuros específicos.(Marcelo Mosse)
