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Cristóvão Chume fez este pronunciamento esta segunda-feira, em Maputo, no mesmo dia em que os terroristas estavam a decapitar em Balama e a lançar um novo ataque em Muidumbe, numa aparente afronta ao ministro da Defesa Nacional, que assegurou que os terroristas não têm bases activas.
Como que a provar o contrário, os terroristas protagonizaram um ataque na manhã desta segunda-feira, no distrito de Balama, a sul de Cabo Delgado, causando a morte de duas pessoas do sexo masculino. Fontes explicaram à "Carta" que o ataque, que resultou na decapitação de dois homens, ocorreu por volta das 9:00 horas, nas machambas da aldeia Marica.
Acrescentaram que as vítimas foram encontradas em plena actividade agrícola com as suas esposas, que foram libertas e, mais tarde, denunciaram às autoridades o que aconteceu aos seus maridos. A situação voltou a provocar a deslocação da população de Marica e Ntete para a vila sede de Balama.
Um outro ataque, segundo fontes, ocorreu por volta das 15:00 horas desta segunda-feira, na aldeia Muambula, concretamente no distrito Muidumbe. Não há ainda detalhes sobre o ataque. Entretanto, acreditam as fontes que o grupo é mesmo que, na tarde de domingo, atacou as aldeias de Mandava e Litapata, com saldo de dois mortos.
Para o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, os ataques terroristas em Balama e Muidumbe são protagonizados por grupos que fogem da forte perseguição das FDS e parceiros nos distritos de Palma, Nangade e Mocímboa da Praia.
Falando nesta segunda-feira, na cidade de Maputo, na acreditação de adidos militares dos EUA, Angola e de outros países, o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, disse que não havia base terrorista activa na província de Cabo Delgado.
"Podemos referir também que não existem bases permanentes de terroristas" declarou Cristóvão Chume, explicando que os terroristas estão na condição de itinerantes em pequenos grupos que, devido às operações militares, não encontram espaço para bases permanentes.
