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terça-feira, 08 novembro 2022 04:23

Juízes moçambicanos ameaçam impugnar nova tabela salarial

A Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) ameaçou ontem impugnar a Tabela Salarial Única, que entrou recentemente em vigor na função pública, considerando que “põe em causa o estatuto constitucional dos juízes”.

 

A AMJ fez conhecer a sua posição, em comunicado que emitiu após uma assembleia-geral extraordinária que tinha como ponto único “a finalidade de discutir e deliberar sobre os mecanismos de impugnação da lei que aprova a Tabela Salarial Única [TSU]”.

 

Por enquanto, lê-se na nota, os magistrados vão apostar nas negociações com o Governo e a Assembleia da República, em articulação com o Tribunal Supremo.

 

A AMJ ataca, em particular, os dispositivos da TSU que “excluem determinadas categorias [de juízes] da condição de titular ou membros de órgão de soberania”.

 

A TSU, aprovada pela Assembleia da República e promulgada pelo Presidente da República em outubro, está a ser fortemente contestada por várias classes profissionais da função pública por ter resultado na redução de ordenados e subsídios.

 

No domingo, a Associação Médica de Moçambique decidiu adiar para 05 de dezembro a greve nacional que estava marcada para hoje após uma reunião nacional da associação, considerando que “o Governo passou a adotar uma postura de maior abertura ao diálogo” para resolver reivindicações relacionadas com a nova TSU.

 

A associação optou pela “remarcação da data de início da terceira greve nacional para o dia 05 de dezembro de 2022, caso o Governo não solucione as questões levantadas no caderno reivindicativo da classe médica”, lê-se em comunicado emitido no domingo.

 

Em cartas divulgadas em vários órgãos de comunicação social, grupos de professores também ameaçam paralisar as aulas e boicotar os exames do ano letivo prestes a findar, em contestação à TSU.(Lusa)

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