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segunda-feira, 07 novembro 2022 02:22

Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas "COP27" trará resultados para Moçambique

cop moz

É com esta convicção que Moçambique participa, a partir de hoje, da Vigésima Sétima Conferência da Partes (COP27), a decorrer até 12 deste mês, em Sharm el-Sheikh no Egipto.

 

Falando por ocasião das actividades preparatórias visando concertar posições a serem defendidas na COP27, a ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, realçou que, para o país, constituem áreas de interesse para a Conferência o financiamento no âmbito das mudanças climáticas; a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC); Energias renováveis; Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, Adaptação e Redução de Risco e Desastres assim como as questões de Género e Mudanças Climáticas.

 

"O Governo de Moçambique olha para a COP27 como um grande palco para alavancar o financiamento climático, de modo a atingir a transição de baixo carbono em linha com a NDC", afirmou a Ministra Ivete Maibaze.

 

A Ministra também afirmou que se afiguram como prioridades do Governo de Moçambique a área de perdas e danos, um tópico que o executivo coloca, pela primeira vez, no topo da agenda da COP27.

 

“O Governo de Moçambique subscreve a posição do Grupo de Negociadores da África de que a COP27 deve produzir um resultado concreto em termos de estabelecer um mecanismo financeiro eficaz para lidar com Perdas e Danos associados às mudanças climáticas”, explicou a dirigente.

 

O Governo de Moçambique espera igualmente posicionar os activos hídricos, em particular o projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, para beneficiar de parte dos US$ 8,5 biliões alocados pelo Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha, França e União Europeia, que pretendem apoiar a República da África do Sul no seu processo de Transição Energética.

 

Por fim, a terceira fonte de financiamento climático prioritária para o Governo de Moçambique é a troca da dívida para o clima (debt-for-climate swap), isto é, financiar a transição energética por ser considerado um país de baixo carbono e resiliente ao clima, sem que este apoio resulte no aumento do endividamento. Vários líderes mundiais participam na COP27, entre os quais, o presidente da República, Filipe Nyusi.

 

A  COP  é a maior e mais importante conferência sobre o clima do planeta.  Em 1992, as Nações Unidas organizaram o enorme evento no Rio de Janeiro, a Cimeira da Terra, quando foi adoptada a Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (Unfccc). 

 

Neste tratado, as nações concordaram em “estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera” para prevenir uma interferência perigosa da actividade humana no sistema climático. Actualmente, o acordo tem 197 signatários. 

 

Desde 1994, quando o acordo entrou em vigor, as Nações Unidas reúnem todos os anos quase todos os países do planeta para as cimeiras globais do clima, ou as “COPs”, que significa “Conferência das Partes”.  Esta deveria ser a Vigésima Oitava Conferência anual, mas devido à COVID-19, houve um atraso de um ano, já que o encontro de 2020 foi adiado – por isso, a designação de COP27. (Carta)

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