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quarta-feira, 26 dezembro 2018 17:24

O “dinâmico” Dina

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Um batalhão de jornalistas aguardava por ele.  Chama-se Inácio Dina, o dinâmico porta-voz do Comando Geral da PRM. E aguardavam-no porque o “briefing” relativo ao balanço preliminar da corporação sobre as ocorrências das festas de Natal estava agendado para as 14H00 de ontem.

 

Pois então, Dina chegou, viu e venceu!... Ou seja: em menos de 30 minutos, e sem precisar de recorrer a qualquer espécie de “cábula”, o homem escalpelizou o seu informe relativamente a tudo o que que ocorreu entre os dias 23 e 25 de Dezembro, prometendo, todavia, que a 2 de Janeiro haverá uma nova comunicação, mais global, sobre toda a quadra festiva.


Mais do que informar o sucedido, o “spokesman” da PRM voltou a “estimular”o papel dos media, incentivando-os a colaborarem com a Polícia, no sentido de se reduzir ao máximo os índices de criminalidade e de sinistralidade, a vários níveis. 



Jovem expedito, e sem papas na língua, Inácio Dina – “rosto” do Comando Geral da PRM há sensivelmente uma década – é  exemplo do que deveriam ser todos os porta-vozes das instituições do sector público. Foi a primeira vez que assisti “in loco” a uma conferência de imprensa por si dirigida – já o tinha visto nos canais televisivos –  e só confirmei as minhas expectativas: o homem sabe realmente ao que vai quando se dirige aos jornalistas. 

 

Tem uma capacidade de síntese invejável, e está ciente de que os repórteres não estão ali para perder tempo: querem é o “sumo” do que aconteceu.



Infelizmente, não há muitos Dina(mico)s na função pública. E eu (pessoalmente) julgo-me em condições de falar deste assunto com propriedade, porque já estive ligado a alguns sectores do Estado – e em departamentos de comunicação e imagem. É uma lástima.



O que normalmente assistimos é que quem dá a cara por essas instituições são pessoas que têm algum tipo de afinidades (ou políticas, ou familiares) com os dirigentes das mesmas. 
E tudo porque – infelizmente – os departamentos de comunicação são vistos como os “parentes pobres” das instituições. Aparentemente ninguém entende a real (e nobre) missão de comunicar.  

 

A própria Presidência da República que, supostamente, recrutou “sangue jovem” é disso um exemplo. A Assembleia da República idem, aspas… Dos demais ministérios já nem falo. É por isso que os Dinas desta vida são casos a realçar (e louvar) nos dias que correm…

Sir Motors

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