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quinta-feira, 14 dezembro 2023 06:51

Procura-se uma “Crown Agency” de gestão eleitoral

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Em 1996, por razões similares as que caracterizam o histórico da gestão das eleições no país, o governo de Moçambique concessionou, por 10 anos, a gestão das alfândegas a uma firma britânica denominada “Crown Agency”. 

 

Em 2006, volvidos os 10 anos da concessão, o governo retomou o controlo da gestão das alfândegas, tendo ainda avaliado positivamente os resultados obtidos. Concorreram para tal as reformas e melhorias feitas a ponto de os britânicos terem conseguido ampliar, consideravelmente, as receitas alfandegárias.   

 

Lembrada a solução “Crown Agency”, e face ao caótico histórico da gestão eleitoral em Moçambique, tal exige que se active o modo concessão, desta vez para o processo de gestão eleitoral nos termos e condições a serem definidos. Urge!

 

De contrário - mantendo o modus faciendi - vai o aviso à navegação: esperar por eleições, livres, justas e transparente em Moçambique será o mesmo que “Esperar que um rio corra ao contrário” (i).

 

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(i) Entre aspas as palavras de um antigo chefe tribal índio que em discurso de resistência, diante de mais uma invasão das suas terras pela colonização branca, disse ao seu povo: “Esperar que quem nasceu livre se contente em ser aprisionado e que lhe seja negada a liberdade de ir para onde quiser, é como esperar que um rio corra ao contrário.” (In Público, Domingo, 10 de Dezembro de 2023, P.2, Crónica de Graça Castanheira).

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