Ai de nós, oh rebanho! Vivemos entre a massa e somos guiados para um lugar desconhecido, o famoso vale de zé-ninguém. Dentre muitos, surge alguém que se distingue da manada por abandonar as roupas cinzas da ignorância e vestir as belas cores do arco-íris, ou seja, da vida.
Ai de nós, oh rebanho! Como sempre hipnotizados por fazer o mesmo, todos os dias, tememos a arte e beleza de fazer o novo, correcto e justo. Ignorámos o saber estar, ser e fazer. Muitas vezes, criamos situações de desconforto para apagar a luz das nossas relíquias, os reservatórios da diferença que procuramos mas não conseguimos encarnar.
Quando os reservatórios perecem, é nessas situações que compreendemos que a luz se apagou. A nossa cegueira, nesses momentos de escuridão, abandona-nos e damo-nos com as sombras de uma luz que se foi. Ai de nós, hipócritas que nunca aprendemos nada!