Carlos Ibrahimo Afonso era um pai exemplar. Esposo fenomenal. Profissional íntegro e dedicado. De tão comprometido que era pelo trabalho aceitou uma missão no Distrito de Nhamatanda, Província de Sofala. Não era uma missão qualquer. Seria a sua oportunidade para atingir o topo da carreira e pertencer à elite policial. Mas o destino assim não quis!
Com uma vida em ascensão. Uma casa melhorada em construção. Filhos por criar e educar. Esposa por orientar e família por ajudar. Carlos Ibrahimo Afonso perdeu a vida em circunstâncias em que a imprudência humana no volante demonstrou que viver é um sopro. Morreu no local do acidente, num acto do qual o companheiro da viatura saiu ileso!
As imagens do acidente eram horripilantes. Um homem tão amado pelos seus morrer daquele jeito. Na zona, várias teorias foram levantadas desde as amorosas, familiares e profissionais. O facto é que ele já havia partido do mundo dos vivos para nunca mais voltar. Jamais voltaríamos a ver aquele homem de sorriso afável e companheiro de todos - a sua morte foi apressada pela imprudência humana e insensibilidade dos homens quando se encontram na estrada! O facto é que ele nos deixou - partiu para sempre!
No meio deste acto sinistro, em que ele foi cortado a prioridade, embora fosse um homem experiente no volante, o prevaricador acabou puxando o tapete de centenas de pessoas que dependiam de Carlos Ibrahimo Afonso para viver. Num agregado que se estendia de Namacurra, Morrumbala, Quelimane a Maputo. Com crianças que passaram a ser carentes daquilo que lhes era fácil nos últimos anos porque sempre tinham sem mendigar!
O estranho é que o homem que não quis perder nem um segundo, porque alegadamente estava mais apressado que todos, zarpou do local deixando um pai de família sucumbindo no troço de Inhassoro em direcção à casa - um sinal de desumanismo extremo! Se ele soubesse, a importância do homem na família, na comunidade, no trabalho e para o Estado talvez não zarparia do local. Mas não foi assim, cortou a prioridade deixando mais de 12 menores e jovens órfãos de pai e de sustento. Viaturas avariadas na oficina que só ele poderia recuperar!
Aquele acto veio instalar o caos. A discórdia entre os próximos. A mentira e a destruição de uma família que já aponta a superstição como a causa primordial daquele incidente - hoje todos querem tirar uma relva do jardim organizado por Daniel Pinto. As flores que ele plantou ninguém quer regar. O importante hoje para os parentes é sair com alguma coisa do finado - um autêntico drama africano, no estilo moçambicano!
Quantos homens e mulheres passam por este cenário nas nossas estradas diariamente e vêm a perder a vida ou adquirir a deficiência para sempre?
Vamos dizer todos STOP ACIDENTES! Caro condutor conduza com prudência...