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O Moza Banco foi distinguido como o “Banco do Conteúdo Local”, em reconhecimento do impacto que os seus produtos e serviços têm ao nível das comunidades em todo o país. Contribuiu para a eleição, o facto de o Moza ser o banco que, à luz do programa governamental “Um distrito, Um banco”, mais abriu balcões nas regiões rurais moçambicanas.

 

O prémio foi atribuído pela Mozambique Energy Intelligence Limitada (MEI), no âmbito da 1ª edição do “Enermina Awards”, também conhecido como Prémio de Conteúdo Local. Com a iniciativa pretende-se identificar, divulgar e reconhecer acções de impacto construtivo levadas a cabo pelos vários agentes de Conteúdo Local nos sectores da energia, mineração, agricultura e ambiente, em Moçambique.

 

O galardão foi entregue recentemente, em Maputo, ao Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Moza Banco, Manuel Soares, pelos representantes da entidade premiadora, com o testemunho de dezenas de colaboradores do banco e outros inúmeros convidados.  

 

O Director da MEI, Momade Mucanheia, endereçou, na ocasião, palavras de incentivo ao Moza Banco, apelando à manutenção permanente da qualidade dos seus produtos e serviços e a aposta na expansão da sua rede.

 

Com mais de 1600 pontos contabilizados no quadro do seu impacto nas acções de responsabilidade social e industrial, o Moza demonstrou compromisso e interesse em apoiar acções construtivas ao serviço da comunidade. Apelamos apenas que mantenha esse espírito e inspire outras instituições”, acrescentou Momade Mucanheia. 

 

Já o PCE do Moza Banco afirmou, por seu turno, que o mérito é de todos os colaboradores. “Só com a dedicação individual e colectiva de todos os colaboradores é que continuamos a crescer e a reafirmar a nossa presença no mercado, enquanto banco genuinamente moçambicano. Queremos que o nosso DNA esteja espelhado na vontade de estar cada vez mais perto das comunidades e de cada família moçambicana. No geral, queremos sempre Fazer Acontecer”, disse.

 

O reconhecimento da Mozambique Energy Intelligence catalisa a vontade do Moza em continuar a crescer e abranger cada vez mais a população moçambicana, sendo, deste modo, o principal dinamizador do processo de inclusão financeira em Moçambique.(Carta)

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As famílias enlutadas que perderam os seus entes queridos durante o vazamento de gás mortal no assentamento informal de Angelo em Boksburg pedem ajuda para transportar os corpos para os seus países de origem. Dos dezassete mortos, dezasseis são de Moçambique e Zimbabwe, enquanto um era sul-africano. As famílias reclamam que estão a ser cobradas entre R8.000 e R15.000 para transportar os corpos dos seus parentes para Moçambique e Zimbabwe.

 

A questão da falta de fundos foi apresentada durante a visita esta terça-feira (11), da líder da Aliança Democrática (DA) em Gauteng, Solly Msimanga. Na semana passada, 17 pessoas morreram quando uma botija de gás foi aberta no assentamento informal de Boksburg.

 

Apenas um dos mortos, Syfred Sebyeng, de 56 anos de idade, era sul-africano. O corpo de Sebyeng já foi transportado para a sua casa em Bochum, no Limpopo.

 

A moçambicana Judite Manhiça perdeu seis familiares e disse que estava desesperada por ajuda. Os membros da sua família mortos na tragédia incluem o seu filho Samito Manhiça de 19 anos de idade e a nora Naira Manhiça de 20 anos. Outros parentes que morreram são: Jeremias Chivuri, de 34 anos de idade, Benedito Chivuri de 24 anos, Bonifácio Chivuri de 18 anos e Lázaro Mondlane de 36 anos de idade.

 

"Minha mente está perdida. Não consigo comer e dormir. Penso muito. Faço-me muitas perguntas e não encontro resposta. Porque eu? Porque isso aconteceu comigo?"  questionou Manhiça.

 

"Fui cobrada entre R8 000 e R15 000 por corpo. Estou desempregada." Manhiça disse que os seus familiares estão todos desempregados.

 

Patrick Manganye perdeu quatro entes queridos: a sua esposa, Clesta Ndlovu, de 29 anos de idade, o filho Lenmore Ndlovu, de 4 anos, o cunhado Siziwe Dube de 20 anos e a filha de Dube, Thembelihle Dube de 3 anos de idade. Eles eram todos do Zimbabwe.

 

″Os agentes funerários com quem falamos pedem entre R8 000 e R15 000 para transportar cada corpo.  Não temos fundos para transportar os corpos.  Estamos desesperados.  Estamos implorando para que alguém nos ajude", disse Manganye.

 

"Naquele dia fatídico, eu tinha chegado do trabalho quando a minha esposa se queixou de um cheiro forte. Saí pensando que vinha do lixo do vizinho. Ao abrir a porta, uma mulher caiu perto do nosso portão. Corri para a rua para ajudá-la. Eu pensei que ela tinha sido atacada. Enquanto eu me ajoelhava perto dela, tentando falar com ela, um homem veio e caiu perto dela. Eu me virei e vi minha esposa caindo. Perto [dela], estavam Lenmore e Thembelhle, que também caíram no chão. Eles ficaram inanimados", disse Manganye.

 

As pessoas sentiram cheiro de ovo podre, tentaram perceber de onde vinha, mas de repente começaram a entrar em colapso.

 

"Liguei para os parentes de Ndlovu que moram no nosso quintal para ajudar a levá-los para dentro de casa. Isso é tudo de que me lembro. Acordei na outra parte do assentamento informal onde as pessoas me forçaram a beber leite. Desmaiei novamente e acordei em [Tambo Memorial] hospital."

 

Lá ele foi informado de que a sua esposa, o filho, o cunhado e seu filho haviam morrido.

 

"Aquele gás foi mortal. Eles morreram instantaneamente após cair no chão. Tenho sorte de estar vivo. As suas famílias em Gwanda, no Zimbabwe, estão a comunicar-se comigo. Eles estão à espera para enterrar os seus corpos", disse Manganye.

 

"Não tenho dinheiro. Não sei onde conseguirei tanto dinheiro para transportar os seus corpos. Estou implorando pela ajuda de nosso governo."

 

O líder da Aliança Democrática (DA) em Gauteng, Solly Msimanga, prometeu que iria intervir e ajudar no repatriamento dos 16 corpos.

 

"Não podemos ter pessoas em morgues para sempre sem obter respostas. O governo tem a responsabilidade de oferecer enterros para aqueles que não podem pagar por eles. Vamos nos envolver primeiro com as vossas embaixadas. Senão, vamos perguntar ao Perfeito (Ekurhuleni) para usar fundos [discricionários] para ajudar.

 

"Pode haver pessoas que vão reclamar que eles [os falecidos] são estrangeiros ilegais. O facto é que pessoas morreram no nosso país. Não podemos jogá-los fora. Precisamos fazer o que precisa ser feito. O que aconteceu aqui é triste", disse Msimanga.

 

"A explicação que recebi é horrível. Precisamos ajudar essas famílias a encontrar um desfecho. Também é preciso encontrar aconselhamento. O humanismo está faltando aqui. Ninguém se importa em aconselhar as famílias. Vamos escrever para as embaixadas de Moçambique e Zimbabwe para encontrar formas de ajudar."

 

As autoridades sul-africanas dizem que a mineração ilegal levou ao vazamento de gás em Boksburg. (News24)

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O auditório do BCI foi palco, há dias, do Masterclass da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), um concerto de música clássica que contou, nesta 18ª edição, para além de músicos experientes, com a participação de professores e convidados.

 

Entre outros convidados actuaram o violoncelista Samuel Santos, a violinista Inês Vieira, a pianista Christina Margotto e o maestro Luis Casalinho. Da EPM-CELP estiveram presentes os professores Assumane Saide e Ricardo Conceição (piano), Agnes Golias (Violino/Viola de arco).

 

Na qualidade de anfitrião, o Administrador do BCI, Luís Aguiar, elogiou o projecto da Escola Portuguesa, que alia a educação e a arte, reiterando o compromisso do BCI no apoio à cultura, um dos pilares da responsabilidade social corporativa que caracteriza o Banco.

 

Na qualidade de estabelecimento público de ensino do sistema educativo português, a Escola Portuguesa de Moçambique impulsiona a música em actividades extracurriculares, lá vão 19 anos, através de encontros musicais e a organização de masterclass de piano, violino e viola de arco. (Carta)

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A organização não-governamental (ONG) moçambicana Centro de Integridade Pública alertou hoje para tentativas de arquivar o processo ligado à alegada rede de exploração sexual de reclusas na prisão de Maputo, dois anos após denúncias.

 

“Há uma semana, recebemos informações da advogada que está em frente do processo dando conta de que há uma tentativa de arquivar o processo”, declarou, em entrevista à Lusa, Egas Jossai, pesquisador do Centro de Integridade Pública (CIP), organização revelou o caso em meados de 2021.

 

A investigação do CIP denunciou a existência de uma alegada rede de prostituição em que guardas prisionais do Estabelecimento Penitenciário Especial para Mulheres de Maputo forçavam reclusas a sair da cadeia para se prostituírem.

 

Após a denúncia, o Ministério da Justiça criou uma comissão de inquérito, que concluiu que houve abuso sexual de reclusas por guardas prisionais e "pessoas externas", mas os casos ocorreram no interior do estabelecimento penitenciário.

 

Embora um total de 40 funcionários da cadeia estejam a responder criminalmente e a direção do estabelecimento tenha sido substituída, o CIP alerta para alegadas tentativas de arquivar o processo, observando que, embora o Governo tenha colocado só mulheres para fazer a segurança nos pavilhões femininos, outros casos de violação de direitos humanos podem estar a acontecer.

 

“A exploração não ocorria só a nível externo, os próprios guardas abusavam das reclusas. Não temos como saber agora se isso não continua a acontecer dentro da cadeia, sabemos apenas que fora da cadeia isso não acontece mais”, declarou o investigador do CIP.

 

A Lusa tentou, sem sucessos, obter esclarecimentos do Ministério da Justiça de Moçambique.

 

No relatório final da comissão criada pelo Governo para investigar o caso, concluiu-se que o abuso sexual na cadeia foi praticado por guardas penitenciários e por "pessoas externas", que entravam na prisão em festas promovidas ao fim de semana ou feriados, com complacência de altos funcionários da prisão.

 

"Em outros casos, os agentes exigiram sexo em troca de comida, drogas ou promessas de tratamento privilegiado", acrescentava o documento apresentado há dois anos.

 

O relatório acrescentou também que as reclusas denunciaram vários casos em que foram obrigadas a fazer abortos após relações com guardas prisionais, algumas das quais descritas pela comissão como "aparentemente consensuais", embora baseadas em ameaças.

 

"A maioria das reclusas engravidou mais de uma vez e foi forçada a fazer aborto, recorrendo aos serviços das enfermeiras afetas ao estabelecimento penitenciário", relatava o documento, que sugeriu um instrumento jurídico específico para penalizar guardas que se envolvam com reclusas.

 

Segundo dados avançados em julho de 2021, o Estabelecimento Penitenciário Especial para Mulheres de Maputo albergava um total de 96 reclusas, distribuídas por oito celas, com capacidade para 20 pessoas cada.

 

O caso suscitou a indignação de vários setores da sociedade moçambicana, tendo sido submetida à Procuradoria-Geral da República uma queixa-crime contra a direção do estabelecimento penitenciário por 17 organizações de defesa dos direitos das mulheres.(Lusa)

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O governo dos E.U.A. está a fazer uma parceria com três organizações moçambicanas para implementar o Desporto Para Paz, um programa que envolve jovens em actividades desportivas para fortalecer a coesão comunitária e ensinar habilidades de liderança. Através do projecto, jovens de seis bairros de Pemba se juntam para melhorar as suas capacidades desportivas e competir em lugares seguros para aliviar o stress e fazer amizades de uma forma saudável.

 

"Através do poder de união dos desportos organizados, o programa Desporto Para Paz está a empoderar os jovens líderes com actividades enriquecedoras que os mantêm motivados e os ajudam a recuperar de traumas", disse o Embaixador Peter H. Vrooman num recente encontro com os implementadores e jovens do Desporto Para Paz. "Juntas, estas três organizações estão a proporcionar espaços seguros e saudáveis para que os jovens de Pemba se mantenham activos, empenhados e capacitados."

 

O programa Desporto Para Paz é implementado pela ONG New Vision The Bay, liderada pela vereadora Jerryne Jacob; a Fundação Clarisse Machanguana, liderada pela antiga estrela da WNBA Clarisse Machanguana; e a Direcção Provincial da Juventude, Emprego e Desporto, que supervisiona o Complexo Desportivo de Pemba e irá reabilitar as instalações de basquetebol com financiamento do governo dos E.U.A.

 

A expansão de oportunidades para os jovens é uma estratégia integral dos actuais esforços do governo dos E.U.A. para promover a paz e fomentar a resiliência nas comunidades de Cabo Delgado. O governo dos E.U.A. continua empenhado em trabalhar com o governo moçambicano e os líderes da sociedade civil para apoiar soluções lideradas localmente que promovam a paz, a estabilidade e um Moçambique mais próspero e inclusivo para todos. (Carta)

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A ministra Carmelita Namashulua disse que desconhece a suspensão de admissões no Estado e não recebeu qualquer informação do Ministério da Economia e Finanças, segundo a qual, no próximo ano lectivo não haverá novas contratações para professores.

 

A governante falava na última sexta-feira na cidade de Pemba, depois do lançamento da primeira fase de construção da Escola Secundária de Maringanha.

 

"Não tenho conhecimento de o governo ter suspendido as novas contratações" - afirmou justificando: "à medida que nós vamos construindo novas escolas, temos que não só fazer uma gestão correcta do pessoal que nós já temos no sistema, mas, acima de tudo, olhar para novas contratações. Eu como ministra da Educação não tive nenhuma informação dos meus colegas do ministério das Finanças de que o nosso sector não devia fazer nenhuma contratação, não tenho conhecimento" - declarou.

 

A ministra respondia a perguntas dos jornalistas a propósito de informações postas a circular, citando o Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) - 2024-2026, segundo as quais, o governo vai reduzir de forma significativa as novas admissões a partir deste mês para conter o impacto da TSU. Para Carmelita Namashulua, a construção de novas salas de aula requer mais recursos humanos, tomando como exemplo a escola secundária de Maringanha.

 

Aquele estabelecimento de ensino será construído com apoio do governo americano, avaliado em 3.6 milhões de dólares, cerca de 300 milhões de meticais. A escola estará preparada para formar alunos com habilidades para responder aos desafios actuais, e terá 30 salas de aula e edifícios administrativos complementares. (Carta)

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