A Fundação Fernando Leite Couto (FFLC) entregou nesta quinta-feira (25), à Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), em Maputo, 3 milhões de Mts e 90 mil USD para a apoiar a reabilitação da Escola Primária Completa Heróis Moçambicanos, na cidade da Beira, e a Escola Primária Completa Monte Siluvo, no Distrito de Nhamatanda, que em conjunto albergam 2.500 crianças.
O valor foi desembolsado aquando da assinatura de um memorando de entendimento no qual a FFLC se comprometeu a junto dos seus parceiros e amigos em todo mundo, fazer a recolha de fundos para aliviar o sofrimento das vítimas do ciclone IDAI.
No memorando, a CVM assumiu o compromisso de empregar o valor para exclusivamente apoiar a reabilitação das referidas escolas. Na ocasião, o Secretário-geral da CVM, Alfredo Timóteo agradeceu o gesto, tendo realçado que com a iniciativa vai permitir que milhares de crianças voltem à escola e com as condições necessárias para a aquisição de mais conhecimentos.
“Louvamos este gesto e acreditamos que muitos irão seguir o exemplo da Fundação, pois as duas escolas são uma parte das várias que foram destruídas. Se todos contribuirmos, engradecemos o nosso país e a nossa solidariedade interna fica mais significante”, acrescentou Alfredo Timóteo.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração da FFLC, Fernando Amado Couto prestou o seu agradecimento aos diversos amigos e parceiros da Fundação que de modo individual ou colectivo, contribuíram na concretização desta iniciativa. Explicou que quando a CVM identificou aquelas escolas, de imediato a FFLC solidarizou-se. Contudo “nós não podemos ficar apenas pelas cidades. O país é grande e os moçambicanos, estejam onde estiverem, merecem o nosso apoio sem nenhum tipo de discriminação”, disse Fernando Couto. (Carta)
Dois meses depois do lançamento da Tmcel (que resulta de uma fusão em 2018 entre as defuntas Mcel e TDM), a nova empresa já está a mexer-se para abraçar seus sonhos. O sonho dos seus gestores em torná-la “gigante”. Ontem, em Pequim, na China, a Tmcel assinou um acordo milionário com a gigante chinesa Huawei. “Carta” apurou que o acordo resulta de um concurso público internacional lançado pela Tmcel para encontrar um parceiro para fazer crescer seus negócios. A Huawei apresentou a melhor proposta técnica e financeira, disse uma fonte conhecedora do acordo.
Essencialmente, o acordo destina-se à modernização da rede da Tmcel, com a introdução da tecnologia 5G Ready. Na primeira fase, a Tmcel vai investir 23 milhões de USD com fundos próprios. Depois serão gastos 132 milhões de USD adquiridos através de um financiamento concessional da China, para uma intervenção substancial na espinha dorsal da rede nacional. Para o efeito, a Tmcel conseguiu negociar um financiamento (os 132 milhões de USD) com prazo de maturação de 20 anos, 2 anos de período de graça de juros e capital, pagando depois apenas juros a partir do terceiro ano até ao sexto ano, e capitais e juros nos restantes anos (a uma taxa de 2% ao ano). A Huawei surge na equação apenas como parceira comercial.
Os 23 milhões de USD de capitais próprios que a Tmcel vai investir neste projecto de modernização resultam de um encaixe que a empresa vem efectuando com a venda de activos imobiliários, nomeadamente activos que não constituem o “core business” da sua actividade. De acordo com o seu plano estratégico, os fundos arrecadados não serão usados para pagar dívidas antigas, mas para investimento produtivo na rede e optimização da força de trabalho.
O acordo chines é um primeiro passo para a concretização do desiderato da equipa de gestão da Tmcel, liderada por Mahomed Rafique Jusob. “Nosso compromisso é o de transformar, nos próximos quatro anos, a Tmcel na maior e melhor empresa de telecomunicações, de cumprir os desígnios da agenda nacional de desenvolvimento e de salvaguardar os interesses do país, da empresa e dos trabalhadores", disse ele, no passado dia 19 de Fevereiro, aquando do lançamento da nova empresa”. Ele defendeu uma nova mentalidade com vista à modernização da empresa, bem como à criação e oferta de serviços com recurso a tecnologia de ponta. Com o acordo com a Huawei, essa ambição começa a ganhar pernas. (M.M.)
Com vista à reestruturação interna da Escola Superior de Gestão, Ciências e Tecnologias (ESGCT), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, tornando-a numa instituição de excelência, foi empossado, recentemente, em Maputo, João Ruas, para o cargo de director daquela unidade de ensino superior.
O acto enquadra-se nos planos da Universidade Politécnica, visando a melhoria da qualidade de ensino, em conformidade com a nova legislação existente para o ensino superior, no País, relativa à composição do corpo docente, entre outros aspectos.
Para o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, a iniciativa insere-se, igualmente, no contexto da evolução da composição dos estudantes da ESGCT: “Temos recebido estudantes cada vez mais jovens e estudantes que, nos últimos anos, têm demonstrado mais inclinação para os cursos de engenharia, que é a área que apresenta mais desafios na universidade, comparada com todas as outras, não só em Maputo, como no resto do País”, explicou.
Trata-se, conforme sublinhou o reitor da Universidade Politécnica, da implementação de um conjunto de medidas com o objectivo de melhorar a componente prática, a parte de saber fazer e da ligação entre a universidade e o sector produtivo.
“Esta é uma mudança que vai permitir fazer a reestruturação interna, a revisão dos cursos e estabelecer as parcerias dentro e fora do País e daí crescer ainda mais”, frisou.
O empossado considerou que as novas funções representam uma grande responsabilidade, pois passará a dirigir uma escola, que constitui a principal unidade orgânica da Universidade Politécnica.
“É uma boa escola, com muito potencial para ser excelente. Vou dar o meu contributo para avançarmos nesse sentido”, garantiu.
Como principais desafios, o novo director apontou a necessidade de revisão dos programas dos cursos, lançar e potenciar um centro de investigação de excelência a partir da universidade, uma vez que as instituições de ensino superior são consideradas boas, quando fazem uma investigação correcta.
“Temos que ver também a situação de muitos estudantes que não acabam os cursos, porque não conseguem fazer o seu trabalho do fim do curso, após concluírem a parte curricular. Temos que ver que motivos contribuem para que isso aconteça e encontrar plataformas para mitigar este problema”, concluiu.(FDS)
A Anadarko Moçambique Área 1, Lda (AMA1), subsidiária da gigante petrolífera norte-americana Anadarko, está à procura de uma empresa para gerir o seu aeródromo em construção na península de Afungi, distrito de Palma, em Cabo Delgado. O referido aeródromo é uma infra-estrutura de apoio ao Projecto Mozambique LNG, pertencente à própria AMA1.
“O concorrente vencedor irá gerir e explorar o aeródromo de Afungi em conformidade com os regulamentos e normas aplicáveis publicados pelo regulador, Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), Diretrizes de Gestão de Aeronaves IOGP (Aircraft Management Guidelines) e Padrões de Operações da Anadarko”, lê-se num anúncio publicado há dias no jornal “Notícias”.
A companhia refere que o aeródromo em causa destina-se a servir o tráfego de aparelhos de IFR (Regras de Voo por Instrumentos) e de VFR (Regras de Voo Visual) diurno doméstico não programado para operações de rotina. Também será utilizado nos voos “ad-hoc” para evacuação médica de emergência IFR e VFR nocturnos. No âmbito das operações IFR e VFR, a Anadarko diz no anúncio que o espaço aéreo em redor do aeródromo permanecerá não controlado.
O anúncio da Anadarko surge dias depois de uma outra robusta companhia de petróleo dos Estados Unidos, a Chevron, ter surpreendido o mundo com a pretensão de comprar aquela sua congénere pela astronómica quantia de 33 mil milhões USD. O consórcio liderado pela Anadardo prevê anunciar ainda este mês a Decisão Final de Investimento (FID) no Bloco Área 1 da Bacia do Rovuma, o que vai permitir que se comece a construir a fábrica de liquefação do gás natural.(Evaristo Chilingue)
A criação e a implementação de um “Fundo Especial pós-Idai para a reabilitação de Pequenas e Médias Empresas (PME) e relançamento do sector privado de pequena escala” é a primeira acção conjunta entre a Fundação para a Melhoria do Ambiente de Negócios (FAN) e a Gapi-Sociedade de Investimentos, no quadro de um acordo de parceria estabelecido entre as duas instituições a 28 de Março último. Para dotar este fundo de recursos financeiros, a Gapi-SI mobilizou, até ao momento, cerca de 52 milhões de meticais.
No âmbito desta parceria, “ambas instituições decidiram unir esforços e mobilizar recursos adicionais para que, em coordenação com as autoridades públicas mandatadas para dirigir o Programa de Reconstrução, se realize uma contribuição mais abrangente e eficaz no relançamento da vida social e económica da Região Centro de Moçambique”.
A Parceria FAN-Gapi, assinada recentemente pelos presidentes dos respectivos Conselhos de Administração, designadamente Leonardo Simão e Luís Sitoe, prevê que as duas instituições operem coordenadamente a nível de todo o País e através da concepção e implementação conjunta de projectos específicos.
Os projectos a serem apoiados devem contribuir para a expansão e consolidação do papel do sector privado, com particular enfoque nas Pequenas e Médias Empresas geradoras de postos de trabalho sustentáveis e de melhoria dos rendimentos de pessoas economicamente activas.
O Fundo Especial pós-Idai que a FAN e a Gapi estão a criar prevê a concessão de crédito a taxas de juro bonificadas, bem como assistência técnica para que as empresas afectadas possam, rapidamente, reerguer-se dos prejuízos que sofreram. Esta facilidade preconiza ainda impulsionar a expansão de negócios de pequena dimensão, para reactivar a actividade económica na região centro.
“A FAN está muito motivada a participar neste esforço colectivo de normalização da vida do tecido empresarial moçambicano, nas zonas afectadas pelo ciclone IDAI", disse Leonardo Simão, PCA da FAN. Para o PCA da Gapi-SI, Luís Sitoe, “esta parceria entre a FAN e Gapi, SI é firmada no momento certo e vai contribuir para alavancar as valências das duas instituições para dar respostas mais robustas aos desafios de desenvolvimento económico e social de Moçambique, com enfoque para a franja mais vulnerável da população”.
As duas instituições estão já a trabalhar na preparação de vários outros programas que têm como denominador comum a estruturação de cadeias de valor e sectores económicos relevantes para a melhoria dos rendimentos da população em zonas rurais. (FDS)
A Girl Move Academy vai ajudar na reconstrução do bairro de Chimpangara, na cidade da Beira, por sinal a mais fustigada pelo ciclone Idai, em Março último.
Na sequência da passagem do ciclone Idai, que para além de ceifar vidas humanas, destruiu quase todas as infra-estruturas sociais, a Girl Move Academy lançou uma campanha de solidariedade para com as famílias afectadas pela catástrofe natural.
Denominada “Move-te pela Beira’’, tem por objectivo potenciar o talento local, visando garantir espaços seguros para o acesso à educação através da identificação, criação e/ou reconstrução de infra-estruturas, bem como, a disponibilização dos meios e recursos (humanos e materiais) para a continuidade na educação das raparigas.
A campanha visa ainda garantir o envolvimento da comunidade e famílias através do apoio para a satisfação das necessidades dos visados, assim como por meio do envolvimento na identificação e implementação de soluções sustentáveis a médio e longo prazo.
No bairro de Chipangara, o programa vai cobrir cerca de 600 famílias.
Na primeira fase, as atenções estarão centradas no mapeamento e identificação das necessidades, e canalização dos recursos existentes para resposta a questões mais urgentes.
Na segunda, o foco será a criação e/ou reconstrução de infra-estruturas para a continuidade na educação das raparigas.
Para a prossecução dos seus objectivos, a Girl Move Academy conta com uma equipa local e trabalha em parceria com a Universidade de Unizambeze.
A “Girl Move'’, juntamente com parceiros nacionais e internacionais, pretende activar o talento e potenciar a inovação, como forma de permitir à comunidade do bairro de Chipangara encontrar soluções diferenciadas que potenciem condições de vida sustentável com vista a um futuro autónomo e com impacto. (Marta Afonso)