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segunda-feira, 28 setembro 2020 05:54

Moza Banco prevê prorrogação do anúncio da Decisão Final de Investimento da Exxon Mobil para depois do próximo ano

As mexidas nas previsões anteriores têm a Covid-19 como principal motivo. Devido à pandemia, a gigante americana registou, pela primeira vez na história, prejuízos consecutivos nos resultados trimestrais, traduzidos em perdas acumuadas de 1.7 bilião de dólares no primeiro semestre de 2020. Um cenário influenciado também pela queda das cotações internacionais de combustíveis.

 

Outro motivo que poderá influenciar o adiamento do anúncio da Decisão Final de Investimento da Exxon Mobil, de acordo com o Boletim Económico do Moza Banco (que cita analistas internacionais) é o aumento, para o dobro, do volume total da dívida da empresa ao longo do primeiro semestre de 2020. Nos primeiros seis meses do ano, a dívida da empresa americana aumentou em 23 biliões de dólares. O acréscimo da dívida justifica-se pela manutenção das despesas (Opex e Capex) e com pagamentos de dividendos aos seus investidores.

 

Adicionalmente, no dia 31 de Agosto de 2020, a Exxon foi retirada do índice Dow Jones Industrial Average, onde as suas acções estiveram representadas desde 1928. Esta evolução deveu-se à redução do valor de mercado da Exxon nos últimos anos, passando de USD 500b em 2008 para USD 178b actualmente. No geral, o peso da indústria energética no índice Dow Jones Industrial Average diminuiu substancialmente entre 2008 e 2020, passando de 15% para apenas 2,5%, respectivamente.

 

No mesmo mês de Agosto, a conjuntura económica global manteve-se condicionada pelo surto da Covid-19, com o número total de casos a superar os 20 milhões no dia 9. Os EUA mantêm-se como o país com o maior número de casos (mais de 5.5 milhões) e exibe ainda uma tendência ascendente. Seguem-se o Brasil, a Índia, a Rússia e a África do Sul. Em termos per capita, EUA e Brasil ocupam posições cimeiras.

 

Face aos prejuízos acima mencionados e não previamente antecipados, espera-se  que a Exxon proceda com cortes adicionais, nas despesas dos próximos anos, entre 10 biliões a 15 biliões de dólares, apesar de não ter revisto em baixa o valor dos seus activos em função da queda das cotações internacionais de combustíveis. (Carta)

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