A empresa moçambicana de telecomunicações Tmcel necessita de 200 milhões de dólares para viabilizar diversos projectos de investimento em carteira, disse a presidente do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), Ana Coanai. A presidente do IGEPE não pormenorizou quais os projectos que a empresa pretende desenvolver, mas assegurou nas declarações que prestou ao matutino Notícias, de Maputo, que o montante mencionado seria suficiente para as necessidades da empresa.
A Tmcel resultou do processo de fusão das antigas empresas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e Moçambique Celular (Mcel), tendo Ana Coanai afirmado que um dos desafios do IGEPE para 2019 era concluir esse processo, “o que foi conseguido.” A actividade operacional da empresa concentrou-se em 2019 na melhoria da rede, principalmente na região sul de Moçambique.
A presidente do IGEPE disse ainda que as necessidades de financiamento da empresa serão preenchidas com recurso a crédito bancário, uma vez que a bolsa de valores está fora de questão, atendendo ao facto de as acções representativas do capital social da Tmcel não estarem cotadas. O Estado moçambicano tem em carteira, através do IGEPE, 12 empresas públicas, das quais apenas a Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique e a Empresa Moçambicana de Hidrocarbonetos são rentáveis.
O IGEPE está igualmente envolvido na gestão de 43 empresas participadas, sendo que em 20 delas o Estado detém posições de controlo. (Carta)