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segunda-feira, 21 outubro 2024 07:14

Eleições 2024: Activistas moçambicanos denunciam assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe à Comissão Africana dos Direitos Humanos

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Um grupo de activistas da sociedade civil moçambicana lançou no último sábado (19), pela voz de Wilker Dias, um dramático apelo à Comissão Africana dos Direitos Humanos (CADHP) face a mais um “crime político” em Moçambique. O apelo foi lançado horas depois do assassinato do advogado de Venâncio Mondlane, Elvino Dias, e do mandatário do partido PODEMOS, Paulo Guambe.

 

O observador eleitoral, Wilker Dias, interrompeu a sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos para alertar sobre atropelos aos direitos humanos em Moçambique no contexto eleitoral e protestar contra o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe.

 

Os activistas moçambicanos realizam intensa actividade junto de organizações da sociedade civil de vários países africanos e de outros continentes, para além de organizações governamentais e não governamentais na sequência da 81ª Sessão Ordinária da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (CADHP) a decorrer em Banjul, capital da Gâmbia.

 

Quando ninguém esperava, Wilker Dias atirou de repente para os Comissários e pediu uma intervenção urgente face aos últimos desenvolvimentos em Moçambique. “Comissária Manuela, por favor, comissária Manuela, nós temos uma situação. Somos moçambicanos e precisamos da sua intervenção no nosso país. Nós somos de Moçambique e temos um grande problema. Muitas pessoas estão a morrer por situações políticas neste momento. Por favor, nós precisamos da sua intervenção e nós precisamos do seu apoio para tentar expressar essa pressão. Essa é a única coisa que nós precisamos agora, nós precisamos da sua ajuda. Não temos mais tempo para falar. Muito obrigado”

 

Entretanto, Wilker Dias disse à “Carta” que, horas depois, a Comissária Maria Manuela, com conhecimento do chefe, também, da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, teve um encontro com os activistas moçambicanos em que explicaram as suas inquietações relativamente ao processo eleitoral e todas as irregularidades que acabam afectando em grande medida os direitos humanos.

 

A Comissão garantiu que vai informar legalmente a Moçambique que há trabalhos em curso com vista a esclarecer as queixas submetidas e tomar posição ainda esta segunda-feira. (Carta)

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