O ministro da Defesa da Tanzânia, Innocent Bashungwa, disse que a situação de segurança na fronteira sul tem sido imprevisível devido à presença do grupo terrorista Ansar Al Sunna Wal Jammah (AASWJ) no norte de Moçambique, nas zonas costeiras, e nas zonas fronteiriças mais próximas da região de Mtwara na Tanzânia.
No entanto, Bashungwa admitiu que as fronteiras do país, tanto terrestres quanto marítimas, são seguras, apesar da hostilidade e das ameaças de alguns países vizinhos.
Ele disse que algumas áreas enfrentam ameaças, como as fronteiras com Uganda e Quénia, que estão ameaçadas por imigrantes ilegais que cometem crimes que ameaçam a segurança do país. Segundo ele, as fronteiras com o Burundi, Zâmbia e Malawi estão todas seguras.
A situação de segurança no Oceano Índico, onde a Tanzânia faz fronteira com as Comores e Seychelles, enfrenta vários desafios, incluindo a pesca ilegal, o contrabando, o tráfico de pessoas e drogas, entre outros.
“Por causa disso, as Forças de Defesa do Povo da Tanzânia (TPDF) realizam regularmente patrulhas no Oceano Índico para combater esses desafios”, disse ele.
“Na fronteira entre a Tanzânia e a República Democrática do Congo, não houve nenhum relato que coloque em risco a segurança do país.”
Ele observou que a presença de milícias e grupos insurgentes no leste da RDC, incluindo o Movimento 23 de Março (M23), as Forças Democráticas Aliadas (ADF), a Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (CODECO), o Partido Democrático, a Força de Libertação de Ruanda (FDLR), e o Maimai continuam a representar uma ameaça ao longo da fronteira.
Bashungwa falava semana finda no Parlamento onde propôs um orçamento de 2.9 triliões de shilings, cerca de 1 224 558 730 de dólares, para o ano financeiro de 2023–24, para defesa e segurança. As áreas prioritárias no orçamento incluem capacitação e desenvolvimento de infra-estruturas do Serviço Nacional para acomodar mais jovens para o desenvolvimento de habilidades.
Bashungwa delineou outras áreas prioritárias, como a compra de armas e equipamentos militares que se alinham com os avanços tecnológicos e de comunicação, numa tentativa para melhorar a capacidade das Forças Armadas de Defesa da Tanzânia (TPDF).
Ele acrescentou que o ministério também vai fortalecer organizações e instituições de pesquisa militar, incluindo o estabelecimento de indústrias de defesa para a produção de bens e serviços para as forças de defesa e o público.
O ministério também vai intensificar as relações bilaterais com organizações internacionais, continentais e regionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Africana (UA) nas áreas de defesa e segurança. (The Citizen)