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Economia e Negócios

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O sector segurador tem vindo a crescer consideravelmente nos últimos anos, não apenas sob ponto de vista de volume de negócios, mas também na óptica do número e qualidade de operadores do mercado, nomeadamente, seguradoras, microsseguradoras resseguradoras, mediadores de seguros e de entidades gestoras de fundos de pensões.

 

Entretanto, o Vice-ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, disse que o sector continua a enfrentar desafios, como o controlo do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo em seguradoras, daí a necessidade de modernização de ferramentas para a supervisão.

 

Procedendo à abertura da segunda conferência do sector segurador em Moçambique, Tivane destacou, quanto aos avanços, que em termos de produção o mercado registou, em 2023, cerca de 21,460.08 mil milhões de meticais, o que representa um crescimento de 2.2%, comparado com o ano de 2022.

 

Citando o inquérito de literacia financeira em Moçambique, realizado pelo Banco de Moçambique e parceiros entre Março de 2022 a Fevereiro de 2023, o governante destacou ainda que cerca de 17% da população tem seguro em Moçambique.

 

“Para além destes indicadores, notamos uma consciência crescente dos consumidores no que tange aos benefícios dos produtos e serviços de seguros, bem como dos seus direitos e obrigações”, acrescentou Tivane.

 

Apesar desses avanços, o vice-Ministro da Economia e Finanças disse que persistem ainda desafios por ultrapassar, relacionados com a necessidade de “modernização dos sistemas de supervisão e de controlo do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”.

 

O governante apontou também desafios ligados à contínua promoção do crescimento do Ramo Vida que actualmente representa cerca de 14%; desenho de produtos e serviços destinados a população de baixa renda e às pequenas e médias empresas, visando promover o micro-seguro no país.

 

“Modernização dos sistemas de informação e comunicação com vista a uma melhor gestão de processos, em especial, de atendimento ao consumidor, bem como de divulgação em tempo útil de estatísticas do sector. Modernização da legislação do sector segurador para adequá-la à actual realidade de desenvolvimento tecnológico e dinâmica de riscos no mercado de seguros, em especial aos riscos relacionados com as mudanças climáticas”, acrescentou Tivane. 

 

Por seu turno, o Presidente da Associação Moçambicana de Seguradoras, Ruben Chivale, disse que o tratamento do Imposto sobre o Valores Acrescentado nas operações de resseguro (seguro realizado por empresa seguradora) com entidades não residentes e o reconhecimento do resseguro como activo representativo das provisões técnicas representam grandes desafios que minam a competitividade das seguradoras moçambicanas e comprometem a possibilidade de aceitação de riscos de grande dimensão especialmente os ligados à indústria extractiva, estrangulando assim o crescimento do sector e sua contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB), com impactos directos na sua rentabilidade e na diminuição das receitas fiscais ao Estado.

 

O mercado segurador conta actualmente com 19 seguradoras, três micro-seguradoras, uma resseguradora, oito entidades gestoras de fundos de pensões, 158 corretoras e 31 agentes. (Evaristo Chilingue)

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Um funcionário do Conselho Municipal da Beira foi detido por ter sido encontrado em flagrante delito a receber um valor de 120 Mil Mts para cancelar uma multa de 550 Mil de uma obra.

 

De acordo com o Porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Beira, Roberto Selemane, o funcionário afecto à área de fiscalização de obras detectou uma anomalia e passou a respectiva multa e posteriormente entrou em contacto com o proprietário da obra.

 

Segundo a PRM, após o funcionário ter contactado o proprietário da obra, propôs para que pudessem negociar para o pagamento da multa em parcelas, no valor de 275 Mil Mts.

 

Entretanto, como o proprietário da obra não tinha o valor, negociaram até 120 Mil. Chegados ao acordo, um dos representantes da obra decidiu informar a polícia sobre o que estava a acontecer e o funcionário do Município acabou sendo encontrado em flagrante delito a receber o valor para o pagamento da referida multa.

 

“O funcionário coagiu o responsável da obra para negociar o pagamento da multa e o valor era para o seu bolso. Com este valor, ele pretendia anular a multa para que o valor não fosse aos cofres do Município”, explicou a PRM.

 

Por outro lado, o funcionário que optou em ser selectivo nas suas palavras disse tratar-se de uma perseguição. “Houve uma armadilha para incriminar-me neste acto em que eles me acusam. Eu não fui encontrado com nenhum valor na mão. Este valor com o qual eles me acusam de me terem encontrado, eu só ouvi que estava na minha posse na mesa da polícia”, disse. (M.A)

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O Absa Group Limited e a Hollard International (“Hollard”) chegaram a acordo esta semana para a venda do negócio de seguros do Absa no Botswana, Zâmbia e Moçambique. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo Absa Group, em comunicado de imprensa recebido na nossa Redacção.

 

Os acordos de venda referem-se a 100% das participações do Absa, no Absa Life Botswana, Absa Life Zambia e Global Alliance Seguros, em Moçambique. “As transacções permitirão ao Absa sair da sua exposição ao fabrico de produtos de seguros nestes três mercados, continuando a oferecer os melhores produtos de seguros aos seus clientes nestes mercados, através de um modelo de distribuição de banca-seguros focado”.

 

O Absa diz ser sua expectativa concluir, ainda este ano, as referidas transações, “e tanto a Hollard como o Absa estejam comprometidos com uma jornada de transição transparente e contínua para os clientes”.

 

Refira-se que a Hollard é um dos fornecedores líderes de seguros na África Subsariana, operando actualmente na África do Sul, Botswana, Gana, Lesotho, Moçambique, Namíbia e Zâmbia. “O foco estratégico da empresa é alargar a sua presença e crescer em toda a região”, destaca o banco sul-africano. (Carta)

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O Standard Bank deu a conhecer o lançamento do Crédito Funcionário Público, a sua nova linha de crédito destinada a melhorar o bem-estar dos funcionários públicos em Moçambique. Esta oferta exclusiva proporciona aos funcionários públicos uma taxa de juro fixa e competitiva, juntamente com benefícios únicos.

 

Uma das principais vantagens do Crédito Funcionário Público é a possibilidade de acesso ao crédito mesmo para aqueles que não possuem conta no Standard Bank. Além disso, os beneficiários poderão desfrutar de um prazo de pagamento flexível de até 72 meses e um montante de financiamento variando entre 15.000 e 2.000.000 de Meticais.

 

Os funcionários públicos que possuam empréstimos em outras instituições financeiras têm a oportunidade de transferi-los para o Standard Bank, a fim de aproveitar as vantagens oferecidas por esta linha de crédito.

 

Como parte integrante do Crédito Funcionário Público, o Standard Bank irá promover sessões de educação financeira em diversas instituições do Estado. Nestas sessões, serão detalhadamente explicadas todas as características do crédito, proporcionando um apoio personalizado para facilitar a adesão ao financiamento.

 

Refira-se ainda que os funcionários públicos têm total liberdade para utilizar o valor do crédito, conforme as suas necessidades, seja para projectos pessoais, como melhoria em habitação, aquisição de bens de consumo, incluindo equipamentos electrónicos ou até mesmo para despesas relacionadas com educação, saúde, entre outras.

 

Esta iniciativa reforça o compromisso do Standard Bank em apoiar a comunidade de funcionários públicos em Moçambique, proporcionando soluções financeiras acessíveis e vantajosas para melhorar a qualidade de vida e impulsionar o desenvolvimento individual e colectivo. (Carta)

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Uma nova fábrica de produção de cimento entra em funcionamento este mês de Julho no distrito de Changara, província de Tete, avançou há dias, à Rádio Moçambique, emissora pública, o responsável técnico daquela unidade fabril, Suthar Hitesh.

 

Segundo Hitesh, o empreendimento tem capacidade de processar oito mil sacos de cimento por dia. Explicou que decorrem os trabalhos de conclusão das obras de construção da via de acesso que liga a Estrada Nacional Número Sete, bem como a contratação de mão-de-obra local.

 

O responsável técnico da fábrica afirmou que dezasseis moçambicanos trabalharam na implantação daquele empreendimento de capitais indianos. Indicou que a matéria-prima para o processamento do cimento será adquirida em Changara e Marara, regiões onde há quantidades enormes de calcário e outros componentes virão da vizinha República da Zâmbia. (Carta)

Indústria dos raptos está fora de controlo na África do Sul.jpg

O coordenador do programa de Crime Organizado e Terrorismo no Instituto sul-africano para Estudos de Segurança (ISS, na sigla em inglês), Willem Els, considerou, domingo (30), que a indústria de raptos está a “tornar-se uma pandemia na África do Sul”.

 

Em declarações à Lusa, o investigador admitiu não ter informações específicas sobre o sequestro de um empresário português, no início da semana, nos arredores de Joanesburgo, mas sublinhou não apenas o "forte crescimento” desta actividade criminosa na África do Sul, onde "está realmente a ficar fora de controlo”, como as suas fortes ligações a Moçambique.

 

A prática de raptos para obtenção de resgates "está realmente a ficar fora de controlo na África do Sul, que tem já, de longe, a maior taxa de raptos entre os países africanos” sublinhou, e é uma das mais elevadas do mundo, com cerca de 9,57 raptos por cada 100 mil habitantes, segundo o relatório de 2024 da organização World Population Review.

 

Segundo este investigador, os sindicatos de crime organizado a operar no eixo Maputo-Gauteng-KwaZulu Natal, as duas maiores províncias sul-africanas, reclamam a maior parte do volume financeiro obtido pela indústria dos raptos nos dois países.

 

"Em termos de volume financeiro, os raptos associados ao eixo Maputo-Gauteng que podem incluir a participação de actores paquistaneses e indianos são responsáveis pela maior soma de dinheiro resultante dos resgates”, afirmou o responsável à Lusa.

 

A África do Sul registou mais de 16 mil sequestros em 2023, "mas menos de 20 raptos movimentaram a maior parte do dinheiro, porque os alvos são empresários”. (Lusa)

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