Os avicultores da capital do país prevêm produzir este ano 5.089 toneladas de frango, um aumento de 2% em relação à quantidade produzida no ano passado, 4.997 toneladas. Maputo tem cerca de 300 avicultores, 96% com capacidade para produzir, em média, seis mil ‘bicos’ por mês. De acordo com a fonte que nos facultou esta informação, o director da Indústria e Comércio da Cidade de Maputo, Sidónio dos Santos, os distritos municipais KaMavota e KaMubukwana lideram a produção, superando KaTembe e KaNyaka. Sidónio dos Santos apresentou também as perspectivas de produção do ovo. “Para este ano esperamos produzir 18.612 dúzias, um crescimento de 46% comparando com a produção de 2018, que foi de 12.721 dúzias”, afirmou.
Embora as previsões apontem para mais produção de frangos na capital, os avicultores queixam-se da falta de matadouros para abate, embalagem e venda das aves. A situação faz com que o produto seja comercializado ainda vivo, sem ser submetido a uma análise laboratorial. Para além da falta de matadouros, os produtores de frangos na Cidade de Maputo queixam-se de prejuízos no negócio devido às precárias condições dos aviários, que não aguentam com elevadas temperaturas.
O último prejuízo foi registado a 12 de Janeiro passado, com a morte de 35 mil pintos, uma perda avaliada em 3.500.000 Mts. Perante este problema, os produtores sugerem que o Governo crie condições para abertura de uma linha de crédito bonificada, com vista a melhorar os aviários. Questionado sobre este assunto, Sidónio dos Santos disse haver instituições que oferecem crédito, como é o caso do Fundo de Desenvolvimento Agrário e a agência GAPI. No entanto, acrescentou que “o grande desafio dos avicultores é a falta de requisitos para a obtenção de crédito". (Evaristo Chilingue)