Estagnada há duas décadas, a Vidreira de Moçambique vai ser revitalizada. Há anos, o Governo tem vindo a procurar investidores para reanimar a indústria, mas nunca aparecia. Em 2007, por exemplo, o então Director Nacional da Indústria, Sérgio Macamo, avançou à Agência de Informação de Moçambique (AIM), que investidores sul-africanos iriam revitalizar a produtora de garrafas em 2008, mas tal não aconteceu.
Todavia, a revitalização da indústria já está a decorrer, depois de o Governo confiar o empreendimento a Sonil Moçambique, firma de investidores nacionais. O Governador da Província de Maputo, Júlio Parruque, visitou semana finda a indústria erguida na época colonial, para ver de perto o trabalho que está a ser levado a cabo.
Na ocasião, o governante soube que os novos investidores precisam de uma injecção de 15 milhões de USD para substituir toda a maquinaria e pôr a indústria a funcionar até 2024.
“Neste momento, estamos a criar condições para um financiamento para a compra do novo equipamento, porque o que está aqui é obsoleto. Depois de comprar a maquinaria. O valor é de 15 milhões de USD. A perspectiva de pôr a fábrica a trabalhar é de 2024”, explicou o Director-geral da Sonil Moçambique, Abdula Tarmamade, em declarações à Televisão Local.
Em termos de capacidade, Tarmamade avançou que a indústria deverá produzir 50 toneladas de vidros por dia, para o consumo nacional e também de alguns países da região da África Austral.
Em declarações à Televisão de Moçambique, o Governador da Província de Maputo, Júlio Parruque, sublinhou que a revitalização da Vidreira de Moçambique enquadra-se no processo de reanimação de 43 indústrias estagnadas há anos naquela província.
“A revitalização da indústria visa gerar emprego aos jovens e encontrar forma de produzir receita aos cofres do Estado”, afirmou Parruque. Em relação às restantes 42 indústrias, o governante disse estarem em curso acções de mobilização de investidores para reanimação necessária. (Evaristo Chilingue)