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quinta-feira, 10 dezembro 2020 07:20

EDM teve um prejuízo de 2 mil milhões de Meticais em 2019

Apesar de a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) defender que, em 2019, obteve “resultados optimistas”, o facto é que, no último exercício económico, a empresa monopolista na distribuição e comercialização de energia eléctrica, em Moçambique, registou mais um prejuízo, desta vez na ordem de 2 mil milhões de Meticais, um cenário que se repete há cinco anos, alegadamente motivado pelos investimentos na produção, aquisição e distribuição de energia.

 

Em Relatório e Contas de 2019, publicado há dias, o Conselho Fiscal da EDM afirma que, na verdade, o prejuízo representa uma redução em 61,5%, em comparação com 2018, em que a companhia registou um prejuízo avaliado em 3.4 mil milhões de Meticais.

 

O balanço da EDM de 2019 mostra que os activos totais da empresa situaram-se, até 31 de Dezembro daquele ano, em 228.6 mil milhões de Meticais (em relação a 215.2 mil milhões de Meticais de 2018), contra um passivo total avaliado em 155.5 mil milhões de Meticais (face a 129.4 mil milhões de Meticais de 2018).

 

Os empréstimos obtidos pela empresa ascenderam a pouco mais de 551 milhões de Meticais em 2019, uma redução quando comparados com 2018, em que o endividamento atingiu mil milhões de Meticais. O capital próprio da EDM, por sua vez, caiu de 85.8 mil milhões de Meticais, em 2018, para 83 mil milhões de Meticais, em 2019.

 

O Conselho de Administração, o Conselho Fiscal da EDM e o auditor independente, Ernest & Young, LDA concordam com esses resultados e não têm dúvidas de que aquela empresa pública vai continuar a operar.

 

O auditor independente enfatiza, porém, que “(…) decorrente da pandemia declarada da Covid-19, tem-se vindo a verificar, em 2020, uma instabilidade significativa nos mercados financeiros e na actividade económica, cujos impactos futuros não são à data quantificáveis” e afirma que sua “opinião não é modificada em relação a esta matéria”. (Evaristo Chilingue)

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