A crise da Covid-19 está levando a um aumento de casos de corrupção em várias partes do mundo. Num artigo assinado por economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), os autores recomendam medidas de combate ao problema e evidenciam três motivos para um aumento de casos.
Segundo a ONU News, o primeiro deve-se ao facto de os governos de todo o mundo assumirem um papel maior na economia para tentar combater a pandemia. O segundo prende-se com a necessidade de os países impedirem tanto a evasão fiscal, como o desperdício de recursos causados por corrupção nos gastos públicos. E, por último, o FMI acredita que as crises são um teste para a confiança das pessoas “no governo e nas instituições” e para uma maior necessidade de uma actuação ética e transparente.
De acordo com a agência de notícias das Nações Unidas, “a corrupção era um problema antes da crise, mas a pandemia de Covid-19 aumentou a importância de uma governança mais sólida”.
Um dos autores do artigo é o Director do Departamento de Finanças Públicas do FMI, o português Vítor Gaspar, que defende que os países com estruturas fortes de combate à corrupção doméstica têm melhores níveis de desenvolvimento e de arrecadação de impostos, como indica um dos estudos do FMI.
À ONU News, Gaspar afirmou que muitas nações estão anunciando exercícios de auditorias para o fim da pandemia que devem ajudar a combater tentativas de corrupção.
Referir que, durante a vigência do Estado de Emergência, no país, o Governo gastou, interinamente, 68.22 mil milhões de Meticais na contratação de 12.204 empresas, com recurso ao ajuste directo, uma modalidade pouco transparente e que propicia actos de corrupção. (Carta)