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quarta-feira, 13 maio 2020 07:36

ONU propõe sete estratégias para África controlar crise causada pela Covid-19

A Comissão Económica da Nações Unidas para África (ECA) divulgou, esta segunda-feira, um relatório com sete estratégias para os países africanos ultrapassarem a crise causada pela pandemia de Covid-19. De acordo com o documento, citado pela ONU News, as estratégias passam pela melhoria de testes, distanciamento social até à descoberta da cura da doença, rastreamento de contactos, licenças de imunidade, reabertura gradual e por sectores, adaptação permanente e mitigação.

 

Na sua justificação, a ECA explica, por exemplo, que com a adaptação permanente os países podem facilitar as medidas, diminuindo as infecções. Já a mitigação permite que a infecção se espalhe pela população lentamente.

 

“O método tem sido testado na Suécia, onde entre 25% a 40% da população de Estocolmo já contraiu o vírus, mas depende da boa adesão às medidas de distanciamento e de um forte sistema de saúde”, diz a ONU News, citando o documento.

 

De acordo com a fonte, até ao momento, pelo menos 42 países africanos aprovaram bloqueios parciais ou totais, medidas necessárias, mas que têm “consequências económicas arrasadoras”. Assegura que as empresas contactadas pela ECA estão operando em apenas 43% e cerca de 70% dos moradores de favelas e assentamentos informais já estão ficando sem refeições, devido aos efeitos da pandemia.

 

Segundo a agência, um bloqueio total de um mês custaria ao continente 2,5% do seu PIB anual, correspondente a cerca de 65,7 biliões de USD. Além disso, perspectiva a ECA, citada pela ONU News, o continente sofreria com preços mais baixos das commodities e com uma queda dos fluxos de investimento.

 

Porém, sublinhou que os bloqueios permitem que os países com vulnerabilidades graves preparem suas capacidades de teste e rastreamento de contactos. Também permitem desenvolver medidas preventivas, informando comunidades e minimizando os riscos para grupos vulneráveis.

 

De acordo com a ONU News, o relatório alerta para que os países africanos tirem vantagem do tempo que tiverem em relação aos países da Ásia, Europa e Américas. Segundo a pesquisa, “pode ser uma oportunidade para aprender com as experiências de outras regiões e suas experiências na reabertura.” (Carta)

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