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segunda-feira, 09 março 2020 07:26

e-Swatini continua com taxas transfronteiriças elevadas com Moçambique

Continua tudo igual na fronteira entre a República de Moçambique e o Reino de eSwatini. Desde Novembro passado que o Reino de eSwatini (antes, Swazilândia) cobra 300 Rands aos transportadores semi-colectivos moçambicanos, que operam na rota Maputo-Manzini e, como consequência, a medida continua a prejudicar dezenas de operadores nacionais naquela rota.

 

Como “Carta” tem vindo a reportar, na altura, o eSwatini agravou a taxa de 80 para 300 Rands (aos semi-colectivos), alegadamente para retaliar os 100 USD que Moçambique cobra aos camionistas que vêm daquele reino.

 

Conforme apuramos ontem, os transportadores nacionais continuam a pagar 300 Rands nas fronteiras de Namaacha e Goba, porque o Governo ainda não se encontrou com o seu homólogo de eSwatini para a harmonização das taxas (quer de Moçambique, quer daquele reino).

 

“A reunião ainda não aconteceu”, disse ontem uma fonte, que integra a Comissão Interministerial (composta pelo Ministério das Obras Públicas e Habitação e dos Transportes e Comunicações), criada em Novembro para resolver o problema junto das autoridades de eSwatini.

 

É a segunda vez que tal encontro não acontece, depois de ter sido adiado, em Dezembro, devido à quadra festiva, para início de Fevereiro último. De acordo com a fonte, a demora deve-se ao facto de as autoridades daquele Reino estarem ainda a analisar o pedido do encontro feito por Moçambique, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

 

“Eles ainda estão a analisar o pedido do encontro para a harmonização das taxas. Era suposto ter acontecido em Fevereiro, mas tudo indica que só será este mês”, afirmou a fonte, sem avançar datas.

 

Enquanto a taxa continua elevada, maiores são os prejuízos para os transportadores nacionais que entram diariamente para aquele país. “O Governo prometeu, ficamos à espera, mas não vemos o resultado. O eSwatini continua sim a cobrar 300 Rands. Isso representa um custo significativo no nosso negócio”, disse também, ontem, Constantino Mauaie, vice-presidente para Área Internacional na Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO).

 

Como forma de minimizar os custos, os operadores nacionais faziam o transbordo de passageiros com os transportadores daquele Reino, que não pagam aquela taxa, na fronteira de Goba, distrito da Namaacha, na província de Maputo. Todavia, Mauaie disse que os operadores nacionais pararam de fazer o trespasse, alegadamente por criar transtornos aos passageiros.

 

Uma outra medida que a classe iria adoptar era aumentar o preço de bilhete de 80 para 100 Rands, mas de acordo com a nossa fonte, os operadores continuam a praticar o mesmo preço, embora oneroso, à espera da decisão do Governo. (Evaristo Chilingue)

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