As empresas do sector privado moçambicano voltaram a assistir, em Dezembro, a uma pequena melhoria das condições de negócio, motivada principalmente por um ligeiro aumento das novas encomendas. A conclusão é do inquérito Purchasing Managers’ Index (PMI) levado a cabo mensalmente pelo Standard Bank Moçambique.
O PMI determina que valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições para as empresas no mês anterior, enquanto os registos abaixo de 50,0 mostram uma deterioração.
Com 50,8 em Dezembro, o relatório aponta que o principal indicador permaneceu praticamente inalterado em relação a Novembro (50,7), assinalando, mais uma vez, uma melhoria marginal da saúde do sector privado moçambicano.
“As ligeiras melhorias verificadas na actividade empresarial e no emprego em Dezembro foram, em larga medida, contrabalançadas por um crescimento menos acentuado de novos negócios e dos níveis de inventário, bem como por prazos de entrega dos fornecedores mais curtos”, explica a fonte.
Em Dezembro findo, o estudo concluiu ainda que as novas encomendas recebidas pelas empresas moçambicanas registaram a taxa de crescimento mais baixa, depois de consolidada, da actual sequência de expansão de 19 meses. Esta evolução, prossegue o relatório, esteve sobretudo relacionada com uma diminuição da procura dos clientes, embora o surgimento de novos projectos em algumas empresas inquiridas tenha contribuído para o crescimento das vendas em termos globais.
No entanto, de acordo com o PMI, no período em análise verificou-se um reforço do crescimento do emprego, que atingiu o nível mais alto em 30 meses, num mês em que o sentimento de optimismo em relação à expansão da actividade empresarial em 2020 foi o mais elevado desde o final de 2017.
“Cerca de 69% dos inquiridos prevêem que a produção aumente nos próximos doze meses, o que corresponde ao mais forte sentimento geral desde o final de 2017”, sublinha o relatório.
O PMI do Standard Bank Moçambique é compilado a partir das respostas aos questionários enviados aos directores de compras de um painel de cerca de 400 empresas do sector privado. O painel é estratificado por sector específico e dimensão das empresas em termos de número de colaboradores, com base nas contribuições para o Produto Interno Bruto. Os sectores abrangidos pelo inquérito incluem a agricultura, a mineração, o sector manufatureiro, a construção, o comércio por grosso, o comércio a retalho e os serviços. (Carta)