O Governo, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), apurou o consórcio Synergy Consulting, Baker Mckenzie, Worley Parsons e HRA Advogados, para prestar assistência técnica na elaboração da estratégia da estruturação legal e financeira do Projecto da Barragem de Mphanda Nkuwa, soube o nosso jornal.
A selecção resultou de um concurso público, lançado em Março do presente ano, pelo MIREME, que obedeceu a procedimentos de “procurement” internacional, tendo transcorrido duas etapas, nomeadamente, a de manifestação de interesse na qual participaram dezoito (18) entidades e a segunda limitada a nove (9) firmas pré-qualificadas.
O nosso jornal soube, por outro lado, que o consórcio ora seleccionado é constituído por firmas com créditos internacionais, especializadas em estruturação financeira, técnica, comercial e legal, com vasta experiência na implementação de projectos de infra-estruturas na área de energia em empreendimentos desenvolvidos na base de “project finance”.
De acordo com os termos de referência do concurso público, a entidade seleccionada irá trabalhar com o Gabinete de Implementação do Projecto Mphanda Nkwua, prestando assessoria de toda a natureza requerida para viabilizar a actualização dos estudos técnicos identificados como críticos e para a selecção do parceiro estratégico, que se deverá juntar às empresas públicas EDM e a HCB no desenvolvimento das infra-estruturas projecto.
A contratação do consultor irá imprimir celeridade no processo de selecção do Parceiro Estratégico para o desenvolvimento do empreendimento.
Mphanda Nkuwa apresenta-se como um projecto estruturante para o país, devendo contribuir para responder ao desafio do aumento da disponibilidade de energia para o desenvolvimento económico e social e para fazer de Moçambique um país de referência no fornecimento ao mercado regional da África Austral.
A implementação deste projecto irá gerar milhares de empregos qualificados e não qualificados, quer directos, quer indirectos e constituirá um forte estímulo para o empresariado nacional industrial, comercial, agrícola e de prestação de serviços.
De recordar que no passado mês de Agosto, o Governo concluiu os acordos de financiamento para o projecto da linha de transporte a 400 kV ligando Temane-Maputo, numa extensão de 560 km, que constitui a primeira fase da construção da espinha dorsal da linha de transporte a ser usada para evacuação da energia a ser gerada em Mphanda Nkuwa.
A materialização de diversos projectos em curso em Moçambique, tanto de geração como de transporte, que incluem centrais hidroeléctricas e termoeléctricas a carvão e linhas de transporte de energia, todos eles de dimensão regional, representa um contributo na consolidação da cooperação regional, bem como no aumento das transacções de energia no contexto do mercado da SAPP. (Carta)