“A operação de venda das acções da HCB, através da BVM, veio derrubar uma série de estigmas que pairam em redor do mercado de capitais e da Bolsa de Valores, relativo à capacidade dos investidores nacionais, à sua propensão ao investimento e a capacidade da BVM em dar resposta adequada aos desafios inerentes as suas atribuições e competências”, disse Valá, ontem, em Maputo, aquando da apresentação dos dados da subscrição.
Valá explicou, na ocasião, que com o aumento da Oferta para 4 por cento do capital social da HCB, a sua influência representou 35 por cento das acções, efectivamente tomadas pelos investidores nacionais.
“Das 19.210 ordens de subscrição entregues na OPV da HCB, mais de 99 por cento das mesmas foram entregues pelos investidores singulares durante o período de subscrição, que depois desta operação passarão a constituir os 16.787 novos accionistas de pleno direito da HCB”, acrescentou o PCA da BVM.
Com esta operação, destacou Valá, o universo da base de investidores da Bolsa de Valores teve um crescimento de 191 por cento, ao passar de 7.995 investidores para um total de 23.257, correspondente a 15.362 novos investidores.
Em geral, Valá acredita que que a admissão à cotação na Bolsa de Valores das acções representativas de 7,5 por cento da HCB irá contribuir para o empoderamento económico dos cidadãos e empresas, para a criação de uma base alargada de novos accionistas e investidores, assim como para despertar a atenção dos investidores não residentes sobre as oportunidades do mercado de capitais, em Moçambique.
Face ao significado da operação, Valá convida ainda mais aos gestores de empresas moçambicanas e a operar no país usar a plataforma da BVM como instrumento acessível, transparente e confiável para obter financiamento, diversificar a aplicação das suas poupanças e fazer investimentos de longo prazo. (Evaristo Chilingue)