Ao ser apresentado hoje como o novo PCA do Mpesa em Moçambique (um serviço de transferência de dinheiro, pagamentos e microfinanciamento baseado no telemóvel, lançado em 2007 pela Vodafone e pela Safaricom, o maior operador de rede móvel do Quénia), o conhecido empresário moçambicano Salimo Abdula falou dos números mágicos que o negócio proporciona§ na nossa terra.
Ele disse que, como parte do ecossistema financeiro e da macroeconomia moçambicana, o M-Pesa:
- Processa mais de um bilhão de meticais em transações, um feito que inclui a arrecadação de quarenta e nove mil milhões de meticais em nome do Governo, e cento e oito mil milhões para empresas.
- Conta com uma carteira de mais de 10 milhões de subscritores, 6 Milhões activos a 30 dias e uma rede de mais de 90 mil agentes que através do M-Pesa garantem um rendimento estável para si e suas famílias, o que contribui também para o crescimento económico do país.
- Promove a cultura de poupança através de serviços Xitique, proporciona acesso a fundos de emergência e de apoio a negócios informais através do programa Txuna M-Pesa, e oferece seguros digitais únicos.
Salimo Abdula, o dono da Intelec Holdings, assume a liderança do serviço financeiro da Vodacom, após que sua indicação foi chancelada pelo Banco de Mocambique, coincidentemente numa semana em que se celebra os 11 anos do M-Pesa em Moçambique, motivo para “reafirmar o nosso compromisso de continuar a ligar Moçambique através de um serviço financeiro fácil, acessível, seguro, rápido, e que permite apoiar o programa governamental e do Banco de Moçambique de inclusão financeira em Moçambique”, de acordo com as suas palavras.
Para além da sua posse, foi também hoje apresentada em Maputo a nova composição do Mpesa Moçambique, inaugurando-se uma nova fase.
“Desde que foi criado, o M-Pesa tem contribuído para o desenvolvimento económico do país, proporcionando às comunidades, meios para gerir as suas finanças, ter acesso a soluções financeiras, melhorar as suas condições de vida e fortalecer cada vez mais a economia das famílias moçambicanas, em especial, as famílias das comunidades mais desfavorecidas, onde a banca convencional dificilmente consegue chegar”, disse Abdula.
Como empresa moçambicana, rematou ele, “vamos sempre pautar pela transparência, pois, queremos ser um modelo de rigor e comprometimento, seguindo sempre as regras de boa governação e compliance, emanadas pelo regulador, pois pretendemos ser este parceiro que vem socialmente contribuir para a educação financeira/literacia financeira para os moçambicanos mais necessitados, de forma a que a inclusão financeira nacional seja mais efectiva. (Já agora, uma palavra de agradecimento ao regulador – Banco de Moçambique, pela ampla abertura e coordenação connosco nesta nossa fase de transição)”. (Carta)