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quinta-feira, 15 fevereiro 2024 19:13

LAM nega acusações de desfalque

A administração da empresa pública Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) negou acusações de desvio de cerca de 3,2 milhões de dólares recentemente arrecadados pela Fly Modern Ark (FMA), empresa sul-africana que foi contratada pelo governo para trazer a LAM à rentabilidade e salvá-la da falência.

 

As alegadas acusações incluem pagamentos ilegais através de máquinas POS, instaladas em pontos de venda, para contas pessoais de membros da administração da LAM. Numa carta assinada pelo administrador delegado da LAM, João Pó Jorge, dirigida ao ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, a administração da LAM distanciou-se das declarações da Fly Modern Ark.

 

“Reiteramos que esta informação não foi previamente partilhada com a direcção geral da LAM, que foi apanhada de surpresa quando a informação foi publicada nos meios de comunicação social”, lê-se na carta. De acordo com a carta, a LAM está preocupada com o impacto das declarações na reputação da empresa e dos seus colaboradores, incluindo as auditorias de recertificação que terão lugar ainda este ano.

 

“Gostaríamos de informar que a LAM pauta-se sempre pelo princípio da legalidade, observando escrupulosamente o princípio da presunção de inocência, de forma a garantir a sua segurança jurídica em todos os actos que pratica”, diz a carta.

 

A gestão de topo da LAM afirma estar disposta a prestar quaisquer esclarecimentos que o Ministério dos Transportes e Comunicações possa exigir. O Gestor do Projecto de Reestruturação da LAM, Sérgio Matos, em conferência de imprensa em Maputo, na passada segunda-feira, também apontou uma série de ilícitos detectados pelas FMA, incluindo o desvio de combustível, que causou prejuízos à LAM de cerca de 3,2 milhões de dólares só em Dezembro passado. Relativamente aos POS, a FMA afirma ter realizado uma operação relâmpago em 20 pontos de venda de bilhetes da LAM, onde recolheu 81 POS.

 

Matos disse ainda que ficou surpreendido quando no final do dia visitou alguns pontos de venda onde avistou dois POS que aparentemente ninguém conseguia explicar de onde vinham. Na administração da FMA, a empresa retomou os voos diretos de Maputo para Lisboa, após uma interrupção de 12 anos. Adquiriu também seu primeiro cargueiro Boeing 737-300, para atender a demanda de transporte de mercadorias. (AIM)

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