O Governo moçambicano anunciou que três empresas, incluindo a portuguesa Mota-Engil, estão a realizar obras de emergência para reabilitação das zonas críticas da Estrada Nacional 1 (N1), tentando resolver os problemas de trânsito da principal via rodoviária do país.
"Nós adjudicámos a estas empresas e esperamos que os trabalhos decorram sem sobressaltos e com celeridade", disse o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, durante a visita a Caia, Sofala, centro de Moçambique.
O governante visitou o troço da N1 entre Nhamapadza e Caia, e explicou que os trabalhos, a realizar pelos empreiteiros Karina Construções, Concity e Mota-Engil África, consistem na remoção de asfalto em algumas secções e no tapar de buracos noutras.
"Nas secções onde os empreiteiros estão a remover o asfalto, usam o mesmo para misturar com outros materiais para permitir a resistência necessária", explicou o ministro.
O governante revelou que as obras arrancaram este mês e já permitiram recuperar um terço dos 77 quilómetros a serem intervencionados.
A N1 atravessa o país, ligando a cidade de Pemba, na província de Cabo Delgado (norte), à cidade de Maputo (sul), com 2.477 quilómetros, mas em vários pontos apresenta-se quase intransitável.
"Viemos testemunhar 'in loco' os trabalhos que estão ser efetuados nesta via que liga o norte ao sul do país (…) Constatamos que as mesmas estão a decorrer sem sobressaltos, sendo que os empreiteiros estão a esforçar-se para terminar no período previsto", afirmou.
O ministro acrescentou que apesar de a empreitada estar a decorrer sem sobressaltos, as empresas deverão ainda criar equipas adicionais para a intervenção nos troços mais críticos, para acelerar o ritmo das obras.
Segundo o governante, os empreiteiros estão a privilegiar a componente de drenagem, com vista a permitir o escoamento das águas pluviais.
"Após a finalização das obras, esta estrada vai dinamizar a economia do país, sendo que os residentes nas áreas adjacentes à N1 e os passageiros estão ansiosos em ver as obras a terminar", referiu.
Carlos Mesquita revelou igualmente que os empreiteiros na N1, além de executar os trabalhos em curso assumiram o compromisso de se manterem no terreno durante a época chuvosa, que começa em outubro, para que possam responder a situações pontuais.
Na mesma ocasião, Carlos Mesquita pronunciou-se sobre o troco Inchope-Save, tendo revelado que o concurso público para a adjudicação das obras de reabilitação foi lançado na segunda-feira e que dentro de 30 dias será escolhido o empreiteiro.
"Esperamos que o empreiteiro comece a mobilizar os equipamentos em meados ou finais de setembro", indicou o governante, revelando ser importante que as obras se iniciem antes da época chuvosa que se aproxima.(Lusa)