O país continuou em 2022 a importar mais bens e serviços de outros países ao invés de exportar, facto que provocou um grande défice na balança comercial. Dados divulgados ontem pelo Governo indicam que o país registou o aumento de importações em 76% ao passar de 8.275 mil milhões de USD para 14.563 mil milhões de USD.
Falando após a 12ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, o porta-voz do Governo, Filimão Suazi, explicou que o aumento de importações foi influenciado em grande medida pela Plataforma Flutuante Coral Sul FLNG, para extrair, liquefazer e exportar gás da Bacia do Rovuma, bem como pelos produtos que constituem matéria-prima para a indústria nacional.
Todavia, no que toca às exportações, Suazi disse que o país registou um crescimento de 58% ao passar de 5.85 mil milhões de USD para 8.89 mil milhões de USD graças ao contínuo e consistente crescimento agrícola que tem o peso de mais de 10% das exportações, a vigência dos acordos preferenciais entre Moçambique e outros países, para além do aumento do preço da matéria-prima no mercado internacional.
Por consequência do aumento vertiginoso das importações em detrimento das exportações, a fonte assinalou que, no ano passado, o país registou um défice na balança comercial em 6.364 mil milhões de USD, que poderiam ser aplicados para estímulo à economia. (Evaristo Chilingue)