O Instituto Nacional de Petróleos de Moçambique (INP) anunciou semana finda que, na sexta ronda de licenciamento para a exploração de hidrocarbonetos, atribuiu cinco blocos à empresa chinesa CNOOC (Chinese National Offshore Oil Exploration) – Hong Kong.
Do total, três dos blocos atribuídos à CNOOC Hong Kong (A6-R, A6-E e A6-G) situam-se todos na região de Angoche, ao largo da costa da província de Nampula. Os outros dois (S6-A e S6-B) situam-se na região do Save, ao largo da costa de Inhambane, perto da foz do rio Save.
Um sexto bloco (A6-C), na região de Angoche, foi adjudicado à energética italiana ENI, que já é um importante player na produção e exportação de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Bacia do Rovuma.
Segundo o INP, os programas de investigação propostos pela CNOOC e pela ENI para o primeiro período de exploração vão permitir investimentos na ordem dos 370 milhões de USD e a abertura de pelo menos quatro poços em águas profundas.
O INP salienta que, apesar da conjuntura económica desfavorável, decorrente dos constrangimentos causados pela pandemia da Covid-19, as propostas recebidas da CNOOC e da ENI demonstram que Moçambique continua a ser um país atractivo e com potencialidades petrolíferas apetecíveis.
Refira-se que a concessão de direitos para a exploração daquelas áreas enquadra-se na segunda fase do 6º Concurso de Concessão de Áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos, lançado a 24 de Novembro de 2021, pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), para a Concessão de dezasseis (16) Áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos, que teve a duração de doze (12) meses.
Depois da fase de Pré-qualificação, com duração de quatro (4) meses, de Novembro de 2021 a Março de 2022, que visava apurar as empresas que reuniam requisitos de ordem Legal, Financeira, Técnica e de Segurança, Saúde e Ambiente, a segunda fase (de qualificação), com duração de oito meses, de Abril de 2022 a Novembro de 2022, visava apurar as empresas que reunissem os melhores termos Técnicos (programa de trabalhos mínimos), e Financeiros (ganhos para o Estado do ponto de vista económico, apoio Institucional, Social e Treinamento do Capital Humano).
Um total de dezasseis (16) áreas localizadas no mar foram colocadas à disposição dos concorrentes nas Bacias de Moçambique (regiões de Angoche, Zambeze e Save) e do Rovuma, cobrindo um total de aproximadamente 92 000 Km2. Entretanto, conforme referido, apenas seis áreas foram concedidas, sendo cinco à empresa chinesa e uma à italiana ENI. (AIM e Carta)