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A actividade empresarial do sector privado não carburou satisfatoriamente durante o terceiro trimestre de 2022. É que o desempenho cresceu apenas 1%, tendo o Índice de Robustez Empresarial (IRE) saído de 28% para 29%. Estes dados foram partilhados esta quarta-feira (02) em Maputo pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Em termos de desempenho por província, o relatório do IRE destaca Gaza que registou melhorias significativas face ao segundo trimestre, cujo desempenho cresceu de 25% para 29.2%. Em sentido contrário, esta a província da Zambézia, onde o fluxo de negócios caiu de 25% para 24%.
Durante a apresentação do relatório do IRE, o Director Executivo, Eduardo Sengo, preferiu usar a palavra estagnação, pois o crescimento em apenas 1% é para ele insignificante. Segundo Sengo, concorreram para este ligeiro crescimento o pico da comercialização agrícola, que incluiu a comercialização no circuito normal e a realização de feiras de produtos agrícolas. Contribuiu também o incremento de vendas devido ao alívio de medidas restritivas, relativas à estabilização dos custos de produção. Mencionou também o aumento da facturação devido ao aumento de eventos tanto privados como do Estado e melhoria da taxa de ocupação dos estabelecimentos turísticos.
Do relatório do IRE, consta também o Índice de Ambiente Macroeconómico que se manteve em 50%, mercê da persistência da alta de preços (inflação), que levou o Banco Central a aumentar as taxas de juros. Esses fenómenos verificaram-se numa altura em que se assistiu à estabilidade da taxa de câmbio.
Com vista a catapultar ainda mais o desempenho do sector privado, a CTA espera que no quarto trimestre se proceda à Revisão da Lei Cambial; do Código do Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA); da Pauta Aduaneira; da Lei de Ensino Superior e de Educação Profissional; do Regulamento de fixação de margens máximas de lucro para produtos básicos e da Lei da investigação em saúde humana, bem como a introdução do visto electrónico. (Evaristo Chilingue)
