O Índice de Produção Industrial (IPI) apresentou, no segundo trimestre do ano em curso, uma tendência de crescimento, tendo acelerado até 100,6% em Junho, depois de observar 87,5% em Maio e 75,0% em Abril. Em relação ao nível do trimestre anterior, que se situara em 83,2%, o IPI registou um incremento médio na ordem de 4,5 pontos percentuais (p.p.), tendo registado durante o trimestre em análise o valor médio de 87,7%. Os dados constam do boletim trimestral Índice de Produção Industrial publicado há dias pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Desagregando, o boletim explica que o Agrupamento Industrial de Energia (tido como o principal), depois de uma considerável apreciação da variação homóloga de 80,5% em Agosto de 2021, desacelerou para 70,9% em Dezembro do mesmo ano, tendo continuado com diminuições sucessivas das variações homólogas até ao mês de Junho de 2022. No trimestre em análise, as variações homólogas para este agrupamento foram de 17,3% em Junho, 23,6% e 42,7% em Maio e Abril, respectivamente, facto que mostra uma tendência de queda.
“O agrupamento de Bens de Equipamentos registou evoluções negativas do mês de Junho de 2020 até ao mês de Outubro de 2021, tendo assumido uma tendência de valores positivos de Novembro de 2021 a Abril de 2022, um valor tenuemente negativo em Maio de 2022, voltando a tendência positiva no mês de Junho, tendo no trimestre em análise apresentado 3,0% em Junho depois de -0,1% e 1,9% observados em Maio e Abril, respectivamente”, lê-se no IPI.
Além dos referidos sectores, há o agrupamento de Bens de Consumo não Duradouros que, no segundo trimestre de 2022, registaram valor negativo. Efectivamente, detalha o documento do INE, este agrupamento alcançou -2,1% em Junho, depois de observar 3,0% e 22,5% em Maio e Abril, respectivamente.
“O agrupamento de Bens intermédios registou evoluções positivas durante todo o ano de 2021, tendo assumido uma tendência de valores negativos desde o mês de Janeiro de 2022. No trimestre em análise, o agrupamento apresentou -8,4% em Junho depois de -11,0% e -4,4% observados em Maio e Abril, respectivamente”, relata a fonte.
Em relação ao desempenho das indústrias, por sectores específicos, a Autoridade Estatística observou que, no segundo trimestre de 2022, os agrupamentos das Indústrias Extractivas, de Minerais Metálico e Metalurgia de Base, bem como das Indústrias do Coque, Produtos Petrolíferos, Químicas, Borrachas e Matérias plásticas contribuíram com 3,8p.p., 1,9p.p. e 0,2p.p., respectivamente.
“Os agrupamentos das Indústrias de Minerais não Metálicos e de produtos alimentares, Bebida e Tabaco contribuíram com uma variação negativa de 0,1p.p. e 3,9p.p., respectivamente. Os agrupamentos das indústrias de Madeira, Papel e Pasta, Impressão e de Equipamentos (inclui veículos automóveis e componentes) registaram uma estabilização”, conclui o IPI do INE. (Carta)