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terça-feira, 16 agosto 2022 17:51

Oposição rejeita resultados eleitorais no Quénia, alegando fraude

railaquenia min

O líder da oposição queniana, Raila Odinga, rejeitou os resultados da eleição presidencial, rotulando-os como “nulos e sem efeito”. Odinga defende que a democracia no Quénia enfrenta uma longa crise legal.O líder da oposição queniana, Raila Odinga, rejeitou os resultados da eleição presidencial, rotulando-os como “nulos e sem efeito”. Odinga defende que a democracia no Quénia enfrenta uma longa crise legal.


Esta é a primeira declaração de Odinga sobre os resultados eleitorais divulgados ontem segunda-feira (15), que deram vitória ao seu rival William Ruto. Derrotado nas eleições presidenciais de nove de Agosto, Odinga reiterou, nesta terça-feira, que a sua coligação rejeita totalmente os resultados do escrutínio que levou o vice-presidente William Ruto a vencer a eleição presidencial, e prometeu buscar meios legais para contestar a decisão.


O veterano líder da oposição, que perdeu a sua quinta candidatura à presidência, pediu aos seus apoiantes que mantenham a paz e não façam justiça com as próprias mãos. “Nossa opinião é que os números anunciados pelo presidente da comissão eleitoral independente, Wafula Chebukati, são nulos e sem efeito e devem ser anulados pelo tribunal”, disse Odinga, que concorreu pela quinta vez à presidência queniana.


O presidente da comissão eleitoral Wafula Chebukati declarou William Ruto como vencedor na segunda-feira com 50,49% dos votos contra 48,5% de Odinga. Minutos antes, a sua vice, Juliana Cherera, disse à mídia que ela e três outros vogais da Comissão Eleitoral repudiaram os resultados.


Falando em nome do grupo, a vice-presidente da comissão eleitoral disse que os resultados que deram ao vice-presidente, William Ruto, uma vitória mínima sobre Odinga foram erroneamente agregados.  Ela disse que as eleições não foram conduzidas de maneira adequada.


Os dramáticos acontecimentos de segunda-feira levantaram temores de violência como a que se viu após eleições anteriores bastante disputadas.


Em 2017, mais de 100 pessoas foram mortas depois que o Tribunal Supremo anulou os resultados, citando anomalias no processo de votação. Uma década antes, mais de 1.200 pessoas foram mortas em violência generalizada após a votação presidencial de 2007.


Com as memórias ainda frescas do derramamento de sangue pós-eleitoral no Quénia, geralmente estável, Odinga enfrentou apelos internos e externos para se comprometer a resolver quaisquer divergências sobre os resultados das eleições nos tribunais. (Carta)

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