Os accionistas do Moza Banco realizaram, em Novembro de 2021 uma operação de reforço do capital social no montante de 1.9 bilião (ou mil milhão) de Meticais (passando a ter um total de 8.4 biliões de Meticais em capital próprio) facto que, segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA), João Figueiredo, reforçou a confiança na viabilidade a longo prazo da actividade do banco, assegurando deste modo a implementação do Plano Estratégico 2019 – 2023.
Este dado consta do recém-publicado Relatório e Contas da instituição referente ao ano económico de 2021. Para além do reforço do capital, Figueiredo anota, em mensagem do Conselho de Administração do Moza Banco outras acções que marcaram a instituição naquele ano.
De entre vários aspetos reporta que os níveis actuais dos rácios prudenciais apresentados pelo Moza Banco demonstram que o Banco detém um dos melhores índices de capitalização do sector bancário nacional. “A 31 de Dezembro de 2021, o rácio de solvabilidade do Banco atingiu 23, 21% níveis bastante acima dos requisitos impostos pelo regulador (12%), e dos valores médios apresentados pelo mercado”, assegura o PCA da instituição.
Figueiredo anota ainda que, com vista a reduzir o custo de funding (mobilização de recursos de terceiros via mercado de capitais ou mercado bancário), a carteira de depósitos fixou-se em 32.8 biliões de Meticais contra 35.2 biliões de Meticais registados em 2020, resultando numa melhoria do rácio de transformação em 7%.
Quanto ao resultado líquido, consta do Relatório e contas que o Moza Banco registou 1.3 bilião de Meticais negativos, contra 140 milhões de Meticais positivos registados em 2020. O PCA da instituição bancária justificou o registo de prejuízos com a necessidade de reforço de imparidades, garantindo níveis adequados de cobertura dos activos do Moza Banco.
“O resultado líquido apurado, porém, embora negativo em MZN 1.381 Milhões, é resultado da necessidade de reforço de imparidades para a cobertura do risco associado a uma grande operação vencida e que só por si representou uma imparidade de cerca de 1.400 Milhões – cuja recuperabilidade será demorada e complexa. Este reforço demonstra o compromisso em garantir níveis adequados de cobertura dos activos, em linha com a política conservadora, prudente e profissional de gestão de risco definida pelo Conselho de Administração”, afirma Figueiredo, no Relatório.
Até 31 de Dezembro de 2021, o Moza Banco tinha um activo total de 45 biliões de Meticais, uma queda em relação a 47.5 biliões de Meticais em 2020. O capital próprio cresceu de 7.9 biliões de Meticais em 2020, para 8.4 biliões de Meticais em 2021. O passivo total reduziu de 39.6 biliões de Meticais em 2020, para 36.6 biliões de Meticais. (Evaristo Chilingue)